Rui Moreira diz que "é possível o Porto entrar em contraciclo"
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou hoje estar confiante de que "é possível" o Porto "entrar em contraciclo com a estagnação económica em que o país e a Europa vivem".
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"Temos razão para ter otimismo, o Porto é uma cidade que nunca dorme", afirmou Rui Moreira esta tarde aos jornalistas, depois de dedicar a manhã a uma jornada de inovação e emprego, visitando várias empresas que estão a investir e a criar emprego na cidade.
Para Rui Moreira, esta jornada deixa um "sinal claro de esperança" e a autarquia assume-se como "facilitadora e promotora do Porto interessante e confortável".
"O poder político tem de ser facilitador e compreender a cidade, estamos também nós a tentar compreender melhor a cidade e o que aqui ocorre", sustentou.
Com esta jornada, o autarca pretendeu mostrar "o que está a acontecer" no Porto, uma cidade "que não dorme, não cede aos ventos do pessimismo" que "tornaram a cidade sonolenta durante algum tempo" mas que "está muito acordada".
O objetivo foi "mostrar um pouco dessa cidade empreendedora e inovadora que não depende nem dos gabinetes ministeriais ou sequer da Câmara do Porto, é uma cidade que recusa acomodar-se, seja qual for a maré", sublinhou Moreira.
O autarca destacou que este trabalho "não é apenas mérito" da autarquia, "bem pelo contrário", mas o importante é que a Câmara "seja a charneira, acompanhe os atores, esteja presente e compreenda as suas necessidades".
No âmbito desta jornada, Rui Moreira visitou o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), onde conheceu diversas empresas, como por exemplo uma startup que desenvolveu um espelho retrovisor que aciona um som quando um motorista demonstra sonolência.
O sinal sonoro é audível quando uma série de parâmetros - fechar de olhos, bocejos e microexpressões - demonstram sonolência, um problema que afeta "23% dos motoristas do mundo", salientou o responsável da empresa, que em breve parte para o Chile, que já demonstrou interesse em comprar o produto.
Fora da UPTEC, foi também visitada a Blip, uma startup de engenharia de software que emprega 190 pessoas e exporta 100% do seu desenvolvimento, bem como a ARMATIS, um call center que está a recrutar 200 novos colaboradores fluentes na língua francesa até ao final do ano.
Para Rui Moreira, "a Câmara não tem que esperar pelo empreendedorismo espontâneo", encontrando-se já a "pescar à linha e a criar condições de reindustrialização, apostando também em setores de mão-de-obra menos especializada e em zonas menos favorecidas" da cidade.
"A dificuldade não desmotiva, vamos continuar a fazer o nosso trabalho de casa com os parceiros económicos, com aqueles que neste momento apostam na cidade. Mas há mais que a Câmara e vereadores podem e estão a fazer pelo empreendedorismo na cidade", disse.
Rui Moreira entende que "o Porto tem um caminho árduo para percorrer em matéria de atração de investimento e empreendedorismo", tendo pela frente "muitos desafios de inclusão e até de contorno das dificuldades fiscais, burocráticas e estruturais que o país apresenta".
Rui Moreira sublinhou que, de alguma maneira, o Porto tem "demonstrado uma extraordinária resiliência perante todos os condicionalismos", quer pela crise, como também por "algumas decisões politicas e pela repartição muito injusta dos apoios comunitários".
O autarca quer que a cidade seja "um laboratório vivo", território que possa fazer experiências que depois são exportáveis e são replicáveis, sendo certo que "no meio disto tudo fica cá com certeza um conjunto de oportunidades".
Esta jornada teve como objetivo dar a conhecer o novo perfil económico da cidade, que se encontra fortemente focado na inovação e na criação de emprego qualificado.
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