O país está em ‘banho-maria’ e tão cedo não se sabe quando voltará à normalidade. A mais recente nega do Tribunal Constitucional (TC) veio abalar não só o Governo como instalar toda uma ânsia e um impasse nas novas decisões que o Executivo possa tomar.
A posição governamental sobre o chumbo apenas será conhecida depois das decisões dos juízes sobre as leis que estão sujeitas a fiscalização preventiva (que poderá levar 25 dias). De acordo com o SOL, Pedro Passos Coelho não vai avançar com mais soluções alternativas até que a aclaração do acórdão esteja concluída, e isso poderá levar meses.
“Só quando este quadro estiver claro, saberemos qual a dimensão do problema que temos para resolver e se ele é resolúvel”, disse fonte governamental ao semanário.
Até lá, todas as hipóteses, mesmo a de eleições no verão, estarão em cima da mesa dos social-democratas e centristas, mas a mesma fonte admite que é necessário “confrontar” o TC com a responsabilidade de ter “o poder nas mãos”, mais concretamente a governabilidade do país.
“Todas as medidas que temos na calha para reduzir a despesa podem ser consideradas inconstitucionais. Se assim for, não há impostos que cheguem para as substituir – e o país será ingovernável. É isso que pretendemos esclarecer com os pedidos de aclaração do Tribunal Constitucional”, disse fonte governamental ao semanário.