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"Não tenho nenhum problema pessoal com Seguro"

Em entrevista à TVI, António Costa disse não ter qualquer problema pessoal com António José Seguro e afirmou que se candidatou à liderança do Partido Socialista por considerar que era esse o desejo dos militantes e dos cidadãos. Sobre a solução de eleições primárias, proposta pelo atual secretário-geral, Costa diz não querer discutir ‘metodologias’, mantendo apenas que continua a estar disponível para servir o PS.

"Não tenho nenhum problema pessoal com Seguro"
Notícias ao Minuto

22:42 - 02/06/14 por Notícias Ao Minuto

Política António Costa

“Apresentei a minha candidatura por um imperativo de consciência, porque considero que estamos numa situação em que temos um risco sério de bloqueio da situação política em Portugal. As últimas eleições europeias registaram uma forte derrota da direita, histórica, mas a verdade é que a esta derrota não correspondeu uma vitória histórica do PS”, afirmou esta segunda-feira, em entrevista à TVI, António Costa.

Sobre este bloqueio, o líder da câmara lisboeta, diz considerar que os portugueses ainda não vêm uma alternativa a PSD e CDS para governar o país, razão pela qual diz ser preciso alguma mudança política.

“O PS tem de ter a ambição de formar Governo e não a de ser só uma solução de Governo. Eu sempre fui defensor de que o país precisa de consensos, mas o que podemos retirar destas eleições é a fragmentação e fragilização da base politica e isso compromete soluções de governo que o país precisa. Acho que é meu dever disponibilizar-me para contribuir para uma solução”, justificou, de certa forma, o motivo de ter avançado para uma disputa da liderança do partido do Largo do Rato.

Posteriormente, afirmando que gostaria de que esta questão fosse resolvida até ao próximo verão, Costa assegurou não ter qualquer problema pessoal com Seguro, porém, face à sua análise dos últimos resultados eleitorais, sentiu o dever de avançar, neste momento, apesar de, em outras alturas, nunca ter expressado essa disponibilidade.

“Não tenho nenhum problema pessoal com António José Seguro. (…) Tivemos resultados eleitorais e os cidadãos expressaram-se. É dever dos dirigentes políticos olhar para esses resultados e ver o que eles nos dizem (…) [e eles disseram-nos] não queremos este governo e esta política; mas disseram outra coisa, disseram também que ainda não tinham encontrado a alternativa a este governo (…) Senti que haviam muitas pessoas a dizer: ‘assim não vamos lá, assim não vamos lá. Você não está disponível?’”, afirmou o Costa.

“A pior coisa que o PS pode fazer é enfiar a cabeça na vitória e fingir que tudo correu bem. Isso era um erro gravíssimo que pagaríamos, não só o PS mas também o país, nas próximas legislativas”, adiantou ainda sobre o facto de considerar o resultado eleitoral nas europeias, por parte do PS, algo merecedor de análise.

Para terminar, António Costa afastou ainda a ideia de que a sua candidatura possa ser movida por qualquer aspeto ligado com ambições pessoais, parecendo deixar o seu desagrado por uma liderança de estilo bicéfala. “A vida política não é um concurso de ambições é um compromisso de serviço e entendi que o meu sentido de serviço era estar disponível para assumir a liderança da mudança que o partido precisa. (…) Um partido não é uma pessoa. Não estamos aqui para escolher quem vai aparecer nos cartazes do PS nas próximas eleições legislativas”.

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