Cavaco defende correção das situações de injustiça
O presidente da República, Aníbal cavaco silva, defendeu hoje que devem ser corrigidas as situações de injustiça que se criaram nos últimos anos nesta nova fase da vida do país.
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Política Setúbal
"Os indicadores que vamos conhecendo e que evidenciam uma clara recuperação da economia, uma redução do desemprego e um aumento do clima de confiança, são uma janela de esperança para os portugueses mais atingidos", disse.
"O dividendo orçamental do crescimento económico, proporcionado pelos aumentos das receitas dos impostos e pela redução dos subsídios de desemprego, é uma oportunidade que deve ser aproveitada para alcançar uma melhor conciliação entre as regras europeias de disciplina das contas pública e a correção das injustiças acumuladas nos últimos anos. A coesão social e os desafios do futuro assim o impõem", acrescentou.
Acompanhado pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, provedor da Misericórdia de Azeitão, Jorge Carvalho, pelo vice-presidente do Grupo Visabeira, Paulo Varela, e pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, o Presidente da República reconheceu que os "portugueses demonstraram ao longo do tempo, em que vigorou este difícil programa de ajustamento, um admirável sentido de comunidade".
"Agora, é importante que os sinais de esperança que vemos no horizonte se possam concretizar, incluindo na perceção de mais equidade e justiça por parte dos cidadãos, valores essenciais para a preservação da coesão social", afirmou.
O Presidente da República falava a centenas de pessoas na cerimónia de inauguração do complexo Porto Salus - Saúde e Bem-Estar, um investimento de 23 milhões de euros, no âmbito de uma parceria do grupo Visabeira e a Misericórdia de Azeitão.
Situado em Azeitão, o complexo Porto Salus, que permitiu criar 150 postos de trabalho dispõe também do hospital de Nossa Senhora da Arrábida, com 102 camas, especialmente vocacionado para cuidados continuados e paliativos.
O complexo inclui ainda uma unidade residencial, com 91 unidades de alojamento e capacidade para 120 utentes.
A nova unidade de saúde de Azeitão não provocou grande entusiasmo entre cerca de duas dezenas pessoas que espertava se concentraram à entrada do Complexo Salus para manifestarem desacordo com a política de saúde do Governo.
"Nós entendemos que a saúde é um direito e não um negócio. Uma pessoa de idade como eu, se quiser vir para o lar [do Complexo Salus], tem de ter 2.500 euros disponíveis e depois tem de pagar mais 1.300/1.400 euros por mês", disse à Lusa o septuagenário Francisco Esperança.
"Quem tem reformas - os que têm - de 300/400 euros por mês, com certeza que não vai ter a possibilidade de vir para este lar", concluiu.
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