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"Governo tirou da cartola um placebo"

O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, comentou na antena do Etv as medidas aprovadas em Conselho de Ministros, e anunciadas pela ministra Maria Luís Albuquerque, considerando tratar-se apenas de “uma forma de evitar discutir coisas desagradáveis para o Governo” no atual “quadro político”. Para o ex-governante, os cortes de 1,4 mil milhões foram, aliás, “insuficientemente fundamentados”.

"Governo tirou da cartola um placebo"
Notícias ao Minuto

09:11 - 17/04/14 por Ana Lemos

Política Teixeira dos Santos

Na opinião de Teixeira dos Santos, o que o Governo fez esta semana, com as medidas aprovadas no Conselho de Ministros extraordinária e com a entrevista do primeiro-ministro, foi “um certo ato de ilusionismo orçamental [porque] em vez de esclarecer questões relacionadas com as pensões e tabela salarial única, tirou da cartola um placebo, isto é, quando parece que não há mais nada a fazer, invoca-se o corte de gorduras”.

Para o ex-governante, “os cortes de 1,4 mil milhões de euros para reduzir o défice de 2015 afiguram-se insuficientemente fundamentados e justificados na forma como vão ser alcançados”.

Neste sentido, sublinhou no programa ‘Conta Corrente’ do Etv, “há um erro de comunicação [do Governo, neste caso em particular do primeiro-ministro] porque quando as medidas não são suficientemente explicadas, há sempre dúvidas, incertezas e ansiedades”.

Teixeira dos Santos é, aliás, da opinião de que “há grande dose de otimismo” e que “este conjunto de medidas”, anunciadas esta semana pelo Executivo, “é uma forma de evitar discutir coisas que podem ser desagradáveis para o Governo no quadro político”.

“Não se falou de crescimento, investimento, futuro. Não se discutiu a Europa. Não se falou das vantagens, inconvenientes [do fim do programa de ajustamento], e dos problemas que se colocam ao Governo quanto à forma de saída do programa”, salientou.

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