"Episódio patético" e "paródia de mau gosto"
O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, que ontem falava no habitual espaço de opinião semanal na RTP1, lançou duras farpas à intervenção do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a pretexto da conferência promovida pelo social-democrata, em Lisboa. Também o Governo não foi poupado pelo ex-líder ‘rosa’, que classificou de “deprimente” o facto de Pedro Passos Coelho ter negociado “nas costas” dos portugueses no que ao novo modelo de cálculo das pensões diz respeito.
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Política Sócrates
“Episódio patético” e “paródia de mau gosto”. Foram estas as expressões empregues pelo antigo chefe de Governo, José Sócrates, para rotular a iniciativa do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que promoveu uma conferência em Lisboa, acusando-o de ter vindo a Portugal para “fazer campanha”.
No entender o ex-primeiro-ministro, Barroso não mais fez do que instrumentalizar o cargo que ocupa na Europa para benefício do PSD, num momento em que as eleições para o Parlamento Europeu se aproximam a passos largos: o escrutínio está agendado para 25 de maio.
E por falar em passos, também Passos Coelho não ficou imune a duras considerações por parte do antigo secretário-geral do PS, quem Sócrates condena por ter “negociado nas costas dos portugueses”, além de lhes ter “escondido” a verdade.
O antigo chefe do Executivo reportava-se, pois, ao novo modelo de cálculo das pensões, que passará a ter em conta critérios demográficos e económicos. “O mais deprimente é sabermos disto por um documento de uma instituição europeia”, assinalou.
“O Governo não respeitou a sua palavra quando, há uns anos, disse que os cortes eram temporários, mas são definitivos”, rematou o socialista.
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