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"Os sacrifícios dos portugueses não podem ser pagos com ilusões"

No espaço de comentário semanal 'Política Mesmo', na TVI 24, Manuela Ferreira Leite considerou um aumento do salário mínimo nacional uma medida importante, de valorização do trabalho, e que por esse motivo não pode ser abordado de forma leviana, somente porque se aproxima um período de eleições.

"Os sacrifícios dos portugueses não podem ser pagos com ilusões"
Notícias ao Minuto

22:59 - 10/04/14 por Andrea Pinto

Política Ferreira Leite

O programa ‘Política Mesmo’ desta noite na TVI 24 teve como tema central o aumento do valor do salário mínimo nacional, hipótese que foi levantada esta semana por Pedro Passos Coelho.

Embora admita que esta é uma medida claramente positiva com a “qual todos concordamos porque o aumento do salário mínimo é uma medida de justiça e uma medida que tem em conta a dignidade da pessoa, porque a pessoa não pode trabalhar e não receber o mínimo por esse trabalho”, a antiga ministra das Finanças afirma também que este é um tema que não deve ser falado de forma “oportunista” por parte dos partidos políticos.

Para Ferreira Leite, o facto das eleições europeias estarem à porta pode levar muitos a pensar que a hipótese levantada pelo primeiro-ministro possa estar associada a uma promessa política, algo que não vê com bons olhos.

“Não pode ser nada que venha a ser fruto de moedas de troca, negociações, em que damos o salário mas em contrapartida vai mais qualquer coisa”, disse a comentadora, referindo que se esta é realmente uma medida que está a ser ponderada então deve ser discutida no local correto para o efeito, ou seja, em concertação social.

A social democrata disse ainda estranhar o porquê de há um ano atrás o Governo ter afirmado que não era positivo falar em aumentos do salário mínimo e um ano depois, altura em que considera que não mudou assim tanta coisa, ter alterado o seu discurso. Por isso volta a falar da necessidade de não se estar a enganar os portugueses com promessas.

“Os portugueses estão há dois ou três anos a sofrer enormes sacrifícios, a dar a sua colaboração de forma muito pacífica, e isso não pode ser pago com a venda de ilusões porque ideias frustradas já há de sobra”, atirou, referindo que “não pode valer tudo numa campanha eleitoral”.

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