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"Somos obstinados porque queremos recuperar a economia"

No discurso de abertura das jornadas parlamentares do PSD, o líder ‘laranja’ assegurou que o Governo não tem “nada escondido” para depois das eleições e que “a razão” pela qual é obstinado “pelas contas públicas” prende-se com o facto de querer “recuperar a economia e o emprego, com menos défice”. Reconhecendo que o país tem “um caminho longo para percorrer nos próximos anos”, Passos acusou o PS de ser incoerente por uns dias “reconhecer que não será possível repor salários e pensões em 2015".

"Somos obstinados porque queremos recuperar a economia"
Notícias ao Minuto

14:22 - 24/03/14 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política Passos Coelho

O líder do PSD, Passos Coelho, abriu esta segunda-feira as jornadas parlamentares do partido, em Viseu, com um discurso crítico em relação ao PS e retomando os “resultados evidentes” que têm resultado dos “esforços” que têm sido feitos pelos portugueses, sustentando que o país está a semear as “sementes para a sustentabilidade no futuro”.

Neste sentido, pediu coerência ao PS nas declarações sobre uma eventual reposição de rendimentos, questionando os socialistas sobre o que "parece uma contradição" com os pedidos de apreciação do Tribunal Constitucional (TC) sobre o tema: "Por que é que, nos dias em que não se reconhece essa necessidade [de repor rendimentos], se insiste em pedir a inconstitucionalidade dessas medidas? Parece uma contradição, não é?", questionou Pedro Passos Coelho.

A questão em torno da reposição de rendimentos surgiu na semana passada, quando, na SIC Notícias, e questionado sobre se o PS quando for Governo repõe os salários, pensões e prestações sociais ao nível de 2011, o conselheiro económico do PS Óscar Gaspar respondeu: "A resposta séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011 porque não é possível. As contas públicas portuguesas não o permitem".

O primeiro-ministro diz não ter dúvidas que "no dia a seguir às eleições" legislativas "quem quer que esteja no Governo" não irá "repor automaticamente" salários e pensões. "Vai demorar algum tempo, disse o PS. E eu concordo", afirmou Passos Coelho, declarando que há algum tempo que diz que tal dependerá da forma como a economia crescer e cumprir objetivos.

"Nos próximos anos, assim que acabar o nosso programa, ainda temos um caminho longo para percorrer de garantir a sustentabilidade da economia, das finanças públicas e da área social", advertiu ainda o governante e líder do PSD.

Passos disse ainda aos deputados sociais-democratas que o Governo esteve a "corrigir situações de desequilíbrio muito profundas, mas também a lançar as sementes para o futuro" do país.

Após as declarações de Óscar Gaspar, o porta-voz do PSD e coordenador da comissão política Marco António Costa pediu para que o PS esclarecesse se as afirmações do conselheiro de António José Seguro "coincidem com as do Governo, e com o realismo da situação, ou se é a posição que tantas vezes se ouve pela voz de outros dirigentes do PS que prometem o céu e a terra aos portugueses" perto das eleições.

Na resposta, Óscar Gaspar garantiu que "ao contrário do Governo", o PS trabalhará, quando chegar ao executivo, para repor salários e pensões, mas sublinhou que "não há varinhas mágicas na economia".

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