“O PS e o PSD estão para tratar de si”. A afirmação pertence a Henrique Medina Carreira, que analisava, ontem à noite na antena da TVI, a reunião entre o chefe do Executivo, Pedro Passos Coelho, e o secretário-geral do PS, António José Seguro, que contou com uma duração de três horas e a qual serviu para reforçar, nas palavras do líder socialista, “uma divergência insanável”, no que à execução orçamental diz respeito.
O ex-responsável pela pasta das Finanças observou, a este propósito, que Seguro “não disse uma palavra sobre como se pode crescer”, sendo que “isso é que é fundamental”.
Posto isto, concretizou Medina Carreira, “não vale a pena ouvir estes homens a três meses de eleições”, reportando-se ao escrutínio europeu, agendado para maio.
Numa emissão de ‘Olhos nos Olhos’ subordinada ao mote das leis laborais, dos salários e dos transportes, e que contou também com a participação do economista Alexandre Patrício Gouveia, o antigo ministro das Finanças fez sobressair ainda que “o problema do regime de trabalho é que se veio de um regime bastante rígido, acrescentando: “Há alguma ilusão sobre a formação. Não temos uma formação capaz. Este é um ponto da maior gravidade”.