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"Empurrar com a barriga problema que nos vai cair em cima"

A comentadora política e jornalista, Constança Cunha e Sá, que falava ontem à noite na antena da TVI24, contrariou o otimismo do Executivo quanto aos resultados da emissão de dívida pública a 10 anos, assinalando que o Governo “está a empurrar com a barriga para a frente um problema que mais tarde ou mais cedo vai cair em cima de nós, porque isto [a dívida] não é pagável”.

"Empurrar com a barriga problema que nos vai cair em cima"
Notícias ao Minuto

08:28 - 12/02/14 por Notícias Ao Minuto

Política Constança Cunha e Sá

“Como é que o país paga uma dívida com estas taxas juro? Não é possível”. Grosso modo, a questão levantada pela comentadora política Constança Cunha e Sá sintetiza aquela que é a sua posição no que à emissão de dívida pública a 10 anos, realizada ontem, diz respeito.

No entender da jornalista, que falava na TVI24, a “dívida é insustentável”, sendo que “temos uma taxa de juro que ainda é muito alta”, isto, quando Portugal está, sensivelmente, a três meses de concluir o programa de ajustamento financeiro.

Assim, e em sentido contrário ao otimismo veiculado pela maioria governativa, Constança Cunha e Sá lembrou que “temos um défice e não é pequeno” e que “estas taxas de juro não são suportáveis”, pelo que se “está a empurrar com a barriga para a frente um problema que mais tarde ou mais cedo vai cair em cima de nós, porque isto não é pagável.”.

E, realçou ainda: “Toda a gente tem muito medo da reestruturação da dívida, mas ninguém consegue explicar como é que se paga esta dívida”. Por outro lado, a comentadora da estação de Queluz salientou que uma “saída limpa [do memorando da troika] é uma irresponsabilidade”, e que esse tipo de discurso é alimentado pelo facto de todos estarem “em campanha eleitoral”, defendendo, pois, a premência de um programa cautelar.

Constança Cunha e Sá fez sobressair, a este propósito, que o secretário-geral do PS, António José Seguro, se deixou cair numa “armadilha”, tendo em conta que o cenário de “saída limpa”, também defendido pela oposição, será sempre interpretado como uma “vitória do Governo”.

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