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"Salazar nunca foi tão longe na destruição do País"

O antigo Presidente da República, Mário Soares, estabelece, no artigo de opinião que assina esta terça-feira no Diário de Notícias, uma analogia entre o desempenho do atual Executivo e o do governo de António de Oliveira Salazar, sendo que este último, sublinha, “nunca foi tão longe na destruição do País”, porque, ao contrário do que hoje sucede, “não roubava”.

"Salazar nunca foi tão longe na destruição do País"
Notícias ao Minuto

09:28 - 28/01/14 por Notícias Ao Minuto

Política Soares

“A desigualdade entre os portugueses é cada vez maior, escandalosamente maior. Mesmo no tempo de Salazar, porque Salazar não roubava, embora deixasse alguns fazê-lo. Nunca foi tão longe, mesmo durante a guerra, na destruição do País. (…) É certo que as crianças na província andavam de pé descalço, mas não tinham fome”. A comparação entre a conjuntura de o País de hoje com a do País de ontem, por assim dizer, é feita pelo antigo chefe de Estado, Mário Soares, no artigo de opinião que hoje assina no Diário de Notícias.

O histórico socialista vai ainda mais longe, ao levantar a hipótese de estar a preparar-se terreno para uma nova PIDE entrar em ação. “Será que a nova polícia especial que o atual Governo anunciou criar vai ser uma espécie de PIDE?”, questiona, reiterando uma ideia que há muito vem a propalar: “Estamos a caminho de uma nova ditadura (embora sempre a falar de democracia) e há infelizmente tantos com medo que lhes tirem ainda mais do pouco que têm, que estão cada vez mais desesperados”.

Soares considera que o otimismo governamental, propagandeado pelos membros do Executivo, não faz qualquer sentido. “Nas últimas duas semanas, o Governo, que continua absolutamente paralisado, tem tentado convencer os portugueses de que tudo está a melhorar. Não é verdade”, alerta o ex-Presidente da República, “só se for para os corruptos e alguns (poucos) ricos. Tudo vai cada vez pior”.

Sorares não demite, uma vez mais, Cavaco Silva de responsabilidades face ao cenário negro que descreve. “As pessoas e a política – que horror – parecem não lhe interessar”, acusando, nesta senda, o atual chefe de Estado de só se preocupar com os mercados.

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