“Não temos condições para pagar estes valores. Já enviámos ambos os processos para o Tribunal Constitucional (TC) e vamos compila-los para os entregar à Procuradoria-Geral da República (PGR)”, revelou o autarca de Gaia ao Diário de Notícias, referindo-se aos dois processos que a autarquia tem em mãos e que correspondem a uma indemnização total de 62 milhões de euros, montante que Gaia não consegue suportar pois as finanças da autarquia estão numa "situação preocupante".
Um dos processos a que Eduardo Vítor Rodrigues se refere diz respeito a expropriações na Via Longitudinal número 9 (VL9). Neste caso, a Câmara de Gaia é obrigada a pagar uma indemnização no valor de 32 milhões de euros, mesmo já tendo enviado o processo para o TC, alegando que é “aplicado um módulo de cálculo exorbitante”.
O outro processo, lê-se no Diário de Notícias, tem a ver com a Cimpor, empresa que exigiu à autarquia uma indemnização no valor de 30 milhões de euros depois de, a partir de 2000, ter sido impossibilitada de utilizar os silos que tinha junto à estação das Devesas.
Ao Diário de Notícias o actual autarca de Vila Nova de Gaia acusa ainda o seu antecessor Luís Filipe Menezes de não ter tentado dialogar com os credores e revela que alguns dos casos que a Câmara ainda tem por resolver têm já mais de 14 anos.