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Livre vai votar moção para retirar confiança política a Joacine

Uma das 18 moções que serão levadas a discussão no Congresso do Livre, no próximo fim de semana, pede a renúncia de Joacine Katar Moreira das suas funções de deputada. Este será o tema mais importante em cima da mesa, uma vez que esta moção reúne condições para ser votada. Uma outra moção, porém, critica o partido por atropelo "da individualidade de um dos seus membros".

Livre vai votar moção para retirar confiança política a Joacine

Os últimos meses foram marcados por convulsões várias no seio do partido Livre, problemas que se tornaram públicos após a eleição da sua deputada única, Joacine Katar Moreira. E com a proximidade do Congresso do partido, que se realizará a 18 e 19 de janeiro, uma das 18 moções que serão apresentadas para discussão e votação ganha destaque, pedindo a renúncia da deputada.

A moção em causa - intitulada 'Recuperar o LIVRE, resgatar a política' - começa por escrever que "a eleição de uma deputada encheu todos os LIVREs de entusiasmo e esperança" pois os "valores defendidos pelo partido" iriam passar "a ser conhecidos por mais e mais pessoas". O texto defende, porém, que "não foi assim que as coisas se passaram" e que "o LIVRE é hoje conhecido devido às peripécias, atribulações e polémicas internas".

Atribuindo o ónus desta responsabilidade a Joacine Katar Moreira, a moção explica que "as causas defendidas pelo LIVRE parecem não conseguir sobrepor-se ao ruído constante provocado pelos faits divers mais estapafúrdios" e pede, por conseguinte, a sua renúncia.

"No caso de a deputada não se dispuser a renunciar às suas funções, o LIVRE não tem outra alternativa a não ser retirar-lhe a confiança política", escreve a moção, que é assinada por cinco militantes - Manuel Alfredo de Lima Oliveira, Augusto Manuel Oliveira Ramoa Rodrigues, Bruno Machado, Maria de Fátima Nogueira Lopes e João Carlos Gama Martins de Macedo.

Em resposta ao Notícias ao Minuto, o assessor de Joacine Katar Moreira indicou que "a deputada não se vai pronunciar" sobre esta questão.

Em 'roda Livre' rumo ao Congresso

De referir que o número mínimo exigido no regulamento do partido para que as moções apresentadas sejam votadas é de cinco assinaturas, colocando esta moção, possivelmente, no topo dos trabalhos do partido, no próximo fim de semana. As moções podem, porém, ser apresentadas sem esse número mínimo, podendo recolher subscrições até ao dia do Congresso.

Um desses textos, intitulado 'Um compromisso do Livre com as lutas emancipatórias', assinado por João Faria-Ferreira mas sem signatários, tece várias críticas ao Livre no que diz respeito à relação com a sua deputada única. "O escrutínio, por vezes injusto e tendencioso, da parte da comunicação social, e a divulgação de notícias falsas nas redes sociais, não foram alvo de um repúdio e condenação sérios da parte do partido", pode ler-se.

"O relatório produzido pela Comissão de Ética e Arbitragem revelou vários momentos em que, em nome do coletivo, se atropelou a subjetividade e individualidade de um de seus membros, e não se usou de empatia para com uma camarada numa situação muito sensível", acrescenta, explanando ainda tópicos como 'Perceber melhor o racismo' e 'Racismo e silenciamento'.

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