"Quando um País tem Passos e Seguro, não há médico que o declare saudável"

O escritor e comentador político Miguel Sousa Tavares escreve hoje, no artigo que semanalmente assina no semanário Expresso, sobre ‘A Alternativa’, sustentando que “quando um País tem como chefe do Governo Passos Coelho e como líder da oposição António José Seguro”, “não há médico que nos possa declarar saudáveis”. Referindo-se em particular ao debate, da passada quarta-feira, no Parlamento, Sousa Tavares considera que “frente a frente” ambos “asseguraram, por si sós, um espectáculo deprimente”.

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Ana Lemos
26/10/2013 08:49 ‧ 26/10/2013 por Ana Lemos

Política

Sousa Tavares

“Está dito e redito que não há democracias saudáveis sem uma oposição que seja verdadeira alternativa: uma oposição à altura do Governo”. É este o ponto de partida do texto que o escritor e comentador político, Miguel Sousa Tavares, assina hoje no semanário Expresso.

Mas, prossegue, “se assim é, nós estamos bem servidos” e porquê? Porque “temos uma oposição à altura do Governo”. O “problema”, refere Miguel Sousa Tavares, “é quando um País tem com chefe de Governo Passos Coelho e como líder da oposição António José Seguro”. Neste caso, acrescenta, “não há médico que nos possa declarar saudáveis”.

Exemplo desta situação foi o debate quinzenal, realizado na passada quarta-feira no Parlamento com a presença do primeiro-ministro: “Estava a ver Seguro enfrentar o PM (primeiro-ministro) e realizei como toda a cena era de uma arrasadora tristeza”, escreve Sousa Tavares.

Na opinião do escritor, António José Seguro “está reduzido a uma figura de estilo, física e intelectualmente, repetindo tiques, frases feitas e o que supõe ser uma ‘pose de Estado’”, pelo que, “não há volta a dar: do vazio jamais nascerá substância alguma, apenas poeira e fumo”.

Além de Seguro, Sousa Tavares também destaca a postura de quem no debate parlamentar o ‘auxiliava’ na bancada socialista, referindo-se em particular ao “bom Alberto Martins, o novo/velho líder parlamentar do PS, prostrado de entusiasmo com a performance do seu secretário-geral (…) dormindo de olhos abertos um tranquilo sono coimbrão”.

“Frente a frente no Parlamento, Passos Coelho e Seguro asseguram, por si sós, um espectáculo deprimente (…) que nos tira qualquer esperança razoável” se pensarmos que “um representa o presente e o outro o futuro”, refere Miguel Sousa Tavares, concluindo o seu texto com um “apelo à gente com dois dedos de testa e patriotismo no PS: por favor, dêem-nos uma alternativa (…) ou depois não se queixem”.

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