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"Deram aos portugueses heroína e agora a cocaína não cria excitação"

O antigo líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, que falava ontem à noite no habitual espaço de comentário que protagoniza no ‘Jornal das 8’ da TVI, salientou que a manifestação de sábado, organizada pela CGTP, não “criou excitação” porque já não constitui “novidade”. O social-democrata sugeriu, por outro lado, que os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014 podem mesmo vir a adquirir um carácter definitivo.

"Deram aos portugueses heroína e agora a cocaína não cria excitação"
Notícias ao Minuto

08:24 - 21/10/13 por Notícias Ao Minuto

Política Marcelo

“A CGTP deu aos portugueses heroína e agora quando quer dar a cocaína já não consegue criar excitação”. A analogia foi estabelecida ontem à noite, na antena da TVI, pelo ex-presidente do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, que assinalava assim o facto de o protesto da central sindical não ter tido o impacto que poderia esperar-se.

Ainda sobre esta matéria, Marcelo frisou que “o Governo andou aos papéis com este caso mas teve sorte porque ganhou tempo”.

Por outro lado, reportando-se às declarações do Presidente da República Cavaco Silva, que no sábado deu a entender que não solicitaria a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado para 2014, o comentador considera que “desta forma, quando vier uma decisão do Tribunal Constitucional [após hipotética fiscalização sucessiva], porventura a chumbar os cortes à Função Pública, lá para Março, chegamos à troika e dizemos: agora só há uma maneira que é rever as metas do défice”.

Como tal, o também conselheiro de Estado tece elogios a Cavaco por “neutralizar uma crise política e uma crise orçamental”, mas não deixa de tecer críticas ao Executivo de Pedro Passos Coelho.

“O Governo aprova tudo à última da hora. Acha normal que até à última ainda esteja a ver onde corta? Como não há uma linha lógica e renunciou à reforma do Estado, não há gestão política possível”, realçou Marcelo, no entender de quem sob os cortes previstos paira a ameaça de virem a adquirir uma roupagem definitiva.

“Os cortes só não são definitivos se a economia crescer. Se a economia não crescer, é óbvio que os cortes são definitivos. Basta fazer as contas. Porque falta o crescimento económico e isso o Governo não soube explicar”, sustentou o social-democrata.

Por fim, referindo-se à troca de palavras entre o antigo Presidente da República, Mário Soares, e Cavaco Silva sobre envolvimento deste último no BPN, o comentador lamentou “o tom muito duro, violento, crispado na vida política. A agressividade está a subir a um tom que não sei onde vamos parar”, concluiu.

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