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"Alguém nas Finanças deve acordar e dizer 'a quem vamos cortar hoje?'"

O antigo presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), Virgílio Meira Soares, que na passada semana escreveu uma carta aberta a acusar o Governo de “teimosia, miopia, e má-fé”, revela hoje, em entrevista ao jornal Público que aceita “que haja cortes” mas não aplicados com “amadorismo”. Meira Soares confessa ter a sensação de que “há alguém no Ministério das Finanças que acorda de manhã e diz: ‘a quem vamos cortar hoje?’ E sai uma medida.”

"Alguém nas Finanças deve acordar e dizer 'a quem vamos cortar hoje?'"
Notícias ao Minuto

09:30 - 17/10/13 por Notícias Ao Minuto

Política Meira Soares

Em entrevista, esta quinta-feira, aio jornal Público, o antigo reitor da Universidade de Lisboa e presidente demissionário da CNAES, Virgílio Meira Soares, fala sobre a carta aberta que endereçou, na passada semana, aos deputados, e que classifica de um “grito de revolta” num “País [que] não está habituado” porque “a democracia portuguesa sofre do mal da falta da participação cívica diária.”

Assumindo que aceita “os cortes”, Meira Soares defende porém que “têm de ter alguma lógica, têm de ser feitos com muita sensibilidade social”, o que, acrescenta, “não tem visto” considerando que o Governo vai “sempre aos mesmos” e não “corta nas mais-valias, por exemplo”.

“Tenho a impressão de que há alguém no Ministério das Finanças que acorda de manhã e diz: ‘a quem vamos cortar hoje?’ E sai uma medida” e, prossegue, “este tipo de amadorismo não é aceitável, especialmente num momento em que se precisava de muito profissionalismo e de seriedade.”

Meira Soares defende ainda, nesta entrevista ao jornal Público, que “mesmo quem ganha mais (…) tem de saber com o que contar. As pessoas têm as suas vidas organizadas de uma certa maneira. Não se pode dizer ‘daqui a dois meses a sua pensão vai ser cortada’”.

“Choca-me a atitude de não respeitar o contrato (…) ou então tinha de se dar garantias de que isto não vai acontecer outra vez” mas “estas medidas avulsas a que estamos a assistir não descansam ninguém,” conclui.

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