“Estas eleições autárquicas foram as mais interessantes desde o 25 de Abril. Ao fim de dois anos (…) irromperam eleições que representam uma lufada de ar fresco e o retorno da liberdade e da democracia”, disse Pacheco Pereira uma semana depois de se conhecerem os resultados.
Em entrevista ao Público, o historiador salienta que estas eleições foram também “uma manifestação explícita de protesto sob várias formas, do voto nulo, do voto em branco e do voto nos independentes. Estas eleições são uma crítica severa não apenas à política governamental, mas também ao sistema partidário dominado pelo PS e pelo PSD”.
Para Pacheco Pereira, “as eleições são mal vistas pelas pessoas que acham que vivemos sob uma espécie de ditadura, de um estado de emergência financeiro, no qual a política não tem papel”.