O número de independentes a concorrer às autárquicas têm aumentado a cada nova eleição e este ano só para as Câmaras há pelo menos 83 candidaturas, enquanto nas freguesias o número fica na casa dos milhares, de acordo com a Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI).
No entanto, muitos destes candidatos não foram sempre independentes. A maioria já esteve ligada a partidos e escolheu uma ‘independência forçada’, pois as suas estruturas partidárias escolheram outras pessoas, como aconteceu em Sintra, Aveiro e Gaia.
Aliás, Guilherme Pinto, o pré-candidato à Câmara deixada por Luis filipe Menezes, que foi preterido pelo PSD a favor de Carlos Abreu Amorim, estima que as candidaturas “verdadeiramente independentes” rondem as oito em todo o País.
A presidente da AMAI admite que as “circunstâncias dos partidos” empurram muitos candidatos para a via independente. Por outro lado “muitos também saem por algum desencanto com as máquinas partidárias que estão muito fechadas”, acrescenta Maria Teresa Serrenho, citada pelo Jornal de Negócios.