Machete dá dito por não dito sobre aquisição de acções do BPN
No início do mês, o ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD), Rui Machete, confirmava que havia adquirido acções do BPN a 1 euro, preço inferior ao aplicado à instituição que dirigia. Agora, o governante volta com a palavra atrás e garante que, afinal, as comprou a 2,20 euros, à semelhança da FLAD.
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Política Polémica
“Admiti, equivocamente, que teria adquirido as acções ao preço de 1 euro. Apercebi-me do equívoco ao ser posteriormente referido que tinha adquirido as acções a um preço diferente da Fundação Luso-Americana [FLAD], quando era minha absoluta certeza de que tal não acontecera”.
Esta é a versão mais recente do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, sobre a polémica que surgiu em torno do facto de ter adquirido acções do BPN a um preço muito mais baixo do que o aplicado à FLAD, instituição que presidia à data.
A nota foi enviada ontem ao semanário Expresso que, por sinal, há duas semanas divulgava esta informação, já antes aflorada pelo Público. Machete confirmava, então, em declarações ao Expresso, o custo de 1 euro, sendo que agora dá o dito por não dito e afirma que, afinal, comprou as acções do BPN, corria o ano 2000, a 2,20.
E a que se deve a delonga desta correcção por parte do governante? “Não respondi de imediato porque não dispunha na altura de provas documentais que podiam” confirmar a veracidade dos factos “insofismavelmente”, argumenta Machete na mesma nota de esclarecimento enviada para o Expresso.
E conclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, “depois de reunidos e analisados os documentos que formalizam as referidas transacções de acções, realizadas há mais de 12 anos, estou agora em condições de afirmar peremptoriamente que não comprei acções da SLN [dona do BPN] a 1 euro nem comprei acções da SLN a um preço diferente do que pagou a FLAD”.
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