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Forças de segurança devem deixar 'secretárias' e ir para o terreno

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou hoje estar já “identificada uma linha política de alteração progressiva nas forças de segurança” que permita, a prazo, concentrar os seus elementos em atividades “iminentemente operacionais”.

Forças de segurança devem deixar 'secretárias' e ir para o terreno
Notícias ao Minuto

14:20 - 09/08/13 por Lusa

País Miguel Macedo

Miguel Macedo afirmou que a ideia é que Portugal possa “atingir daqui a alguns anos aquilo que acontece nos restantes países europeus”, que passa por concentrar “os elementos policiais nas atividades iminentemente policiais, deixando aquelas [atividades] que são administrativas, de retaguarda, de logística, não ligadas à investigação criminal ou operação para elementos civis”.

O ministro comentava aos jornalistas, no Porto, o relatório de atividades de 2012 da Guarda Nacional Republicana (GNR), que refere que o efetivo daquela força de segurança diminuiu 10% em quatro anos devido às saídas de militares para a reserva ou reforma que não foram compensadas com novas entradas.

Segundo o ministro, na PSP há “pouco mais de 2% de elementos civis e na GNR, já contando com aqueles guardas florestais que transitaram do Ministério do Ambiente, pouco ultrapassa os 4%”, enquanto que noutros países europeus o valor situa-se entre os “17% e os 20%”.

“Significa que temos aqui um caminho a percorrer para que se concentrem os elementos policiais nas atividades iminentemente policiais, deixando aquelas que são administrativas, de retaguarda, de logística, não ligadas a investigação criminal ou operação para elementos civis, é assim que deve ser”, sustentou.

Os dados do relatório da GNR “não são desconhecidos”, disse, lembrando que é “justamente devido ao número elevado de elementos que têm ido” para a reserva ou reforma que o Governo vai “fazer um ajustamento no regime da reserva na GNR”, reduzindo-o progressivamente de cinco para dois anos.

Sendo “verdade”, mas “não novidade” que “os ingressos não são equivalentes às saídas”, Miguel Macedo garantiu ainda que anualmente haverá integração de elementos nas forças de segurança.

“As alterações orgânicas visam dotar a parte operacional com os recursos que são suficientes para garantir que a GNR e a PSP possam desenvolver a sua atividade operacional”, frisou.

O documento dá conta também dos níveis de “degradação” das instalações da GNR, que necessitam de “intervenções céleres”.

“Nunca escondi o estado de degradação das instalações, do parque de viaturas”, disse, “mas de facto, e isso é público, o país não fez ao longo dos últimos 30 anos, de forma continuada, persistente, investimentos na área das instalações e, portanto, há de facto degradação”.

O ministro salientou que, apesar “do período de grande constrangimento orçamental”, estão a decorrer mais de dezena e meia de obras para a GNR.

“Estamos a fazer, mas não temos condições para chegar a todo o lado ao mesmo tempo”, disse.

Miguel Macedo adiantou que a nova esquadra de Aldoar da PSP será inaugurada “dentro de dias” e que a transferência de instalações da Divisão de Trânsito da PSP/Porto deverá ocorrer dentro de “dois meses”.

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