Chama-se Iara Filipa e tem 13 anos. Tinha seis quando foi queimada com óleo a ferver, na confeitaria Deu-la-Deu, no Porto. Mas sete anos volvidos, Iara ainda aguarda decisão da Justiça para os culpados.
Em Julho do ano passado, o tribunal decretou que Iara deve ser "devidamente compensada com uma quantia de dinheiro [350 mil euros] que, de algum modo, possa contribuir para atenuação dos danos que perdurarão seguramente no tempo".
Um dos arguidos, o dono do café, recorreu da sentença e até hoje Iara ainda não recebeu nada da indemnização.
Enquanto isso, a família vai vivendo com "sérias dificuldades" financeiras, devido às quais recebe a ajuda mensal da Sociedade de S. Vicente Paulo de Ermesinde, e com as limitações que o incidente provocou à jovem.
A nível físico, a menina ficou com cicatrizes extensas nos braços, no peito e nas costas, fazendo ainda retracções. Já a nível psicológico, Iara sofre de stress pós-traumático, sendo acompanhada por um psiquiatra.
Como explicou ao JN a mãe da jovem, Sara Ribeiro, “Iara deu um pulo muito grande no último ano, e a zona do peito não se consegue desenvolver por a pele estar retraída”.
"Julgava-se que a cirurgia só precisaria de ser feita quando ela tivesse 15 anos, mas afinal terá de ser antecipada", para o final deste ano, adiantou.