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Processo de avaliação de desempenho no IPP gera contestação

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) apontou hoje que se vive uma "situação de agitação" no Instituto Politécnico do Porto (IPP), devido ao processo de avaliação dos docentes, denúncia que "surpreende" a instituição que fala em "completa normalidade".

Processo de avaliação de desempenho no IPP gera contestação
Notícias ao Minuto

18:28 - 19/10/17 por Lusa

País SNESup

"Os docentes afirmam que o seu trabalho não está a ser respeitado, nem dignificado" o que "está a gerar contestação", refere o sindicato, em comunicado, referindo-se "ao sistema de avaliação de desempenho dos docentes para os anos de 2004 a 2015".

Contactado pela Lusa, o IPP garante "total normalidade", mostrando "surpresa" com a posição do SNESup porque, disse o vice-presidente António Marques, "este sindicato foi privilegiado no processo de audição pública e foi integrada a maioria das suas propostas".

Na sua denúncia, o sindicato diz que o sistema de avaliação de desempenho dos docentes "penaliza a avaliação da generalidade dos mesmos, e maximiza a avaliação dos docentes que desempenharam cargos de gestão".

Numa reunião promovida recentemente pelo SNESup, "os docentes rejeitaram por unanimidade o processo de avaliação em curso, exigindo a revisão do mesmo", lê-se no comunicado.

"O IPP é o maior instituto politécnico do país, apresenta um bom posicionamento em vários rankings de investigação e transferência de conhecimento e uma das mais elevadas taxas de procura de novos alunos a nível nacional. Contudo, o trabalho desenvolvido pelos docentes, crucial para se obterem estes resultados, é claramente desvalorizado por este sistema de avaliação que é injusto, incompleto e desequilibrado", considera o sindicato.

Acrescenta que "os docentes, através do SNESup, têm apelado, continuamente, à presidência do IPP que retome rapidamente o diálogo, para que o descongelamento de carreiras em 2018 ocorra em condições justas e que dignifique os docentes e a instituição".

Já António Marques explicou que o processo esteve suspenso entre março de 2016 e junho deste ano porque foi considerado que alguns dos itens da grelha de ponderação curricular sumária "poderiam dar azo a alguma interpretação dúbia".

"E enviamos para toda a comunidade um pedido de contributos para que a grelha pudesse ser melhorada. Convidamos todos os sindicatos, privilegiamos o contacto direto com o SNESup, reunimos por vários momentos e integramos a maioria das propostas que o SNESup apresentou", descreveu o responsável do IPP.

Frisando que este processo de audição pública "não era obrigatório", o vice-presidente justificou que o IPP quis fazê-lo para "envolver de forma participada toda a comunidade e os seus representantes".

"Mas este esforço de mediação não podia ser levado ao limite e continuar até que houvesse um consenso absoluto, sob pena do processo estar ferido quando eventualidade se desse o descongelamento das progressões ", disse António Marques, segundo o qual "um ano já é um processo de audição singular no que diz respeito a estes processos na maioria das instituições de Ensino Superior portuguesas".

"Não aconteceu em mais nenhuma instituição haver um processo de audição que durasse um ano e com este esforço de tentar integrar a maior parte das propostas", concluiu o IPP.

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