Ao todo terão sido mais de 200 os beneficiários desta rede de corrupção. Segundo o Jornal de Notícias, estão envolvidas cerca de 20 escolas de condução de Bragança, Vila Real, Braga, Porto, Aveiro, Guarda e Viana do Castelo, e dois centros de exame em Bragança e Mirandela. Foram ainda detidos 24 suspeitos, entre eles sete examinadores que levavam vidas de luxo à custa deste dinheiro passado por baixo da mesa.
O esquema era simples: vender cartas e licenças de condução por valores que rondavam os 2.500 e 7.500 euros, a pessoas que apresentavam deficiências físicas ou mentais, que não sabiam ler nem escrever ou que chumbavam vezes sem fim nos exames de condução. A polícia reportou ainda casos de venda de cartas de condução a emigrantes que não tinham efectuado exames e até pagamentos para que não fossem colocados obstáculos na avaliação final.
Os sete examinadores em causa foram investigados durante um ano e terá sido a vida de luxo (boas casas e carros acima dos 150 mil euros) a levantar suspeitas face ao esquema de corrupção.
Segundo o Jornal de Notícias, os pagamentos eram feitos exclusivamente em dinheiro aos donos e directores das escolas, que depois faziam chegar uma parte aos examinadores.