Um árbitro de futebol e a mulher estão desempregados e, pelo facto de não terem morada, não têm direito a apoios. De acordo com o JN, o casal vive há dois meses sem luz e sem água, dois níveis abaixo do chão, porque não tem dinheiro para pagar a renda de uma habitação. Já a garagem na subcave custa apenas 45 euros por mês.
Miguel e Cândida, de 36 e 39 anos, respectivamente, vivem na garagem de seis por três metros, sem casa de banho e sem qualquer entrada directa de ar em Famalicão. Miguel, que já foi carpinteiro e canalizador, e Fátima, que fazia limpezas em prédios, estão os dois desempregados.
“Não fazíamos descontos. Enquanto houve trabalho, tínhamos dinheiro, agora não temos nada”, conta Miguel, árbitro da Associação de Futebol de Braga.
No chão da garagem, conta o JN, está o colchão onde dormem e casa de banho “só no Leclerc ou Jumbo”, perto do local onde vivem.
Sem direito a Rendimento Social de Inserção, o casal vive com a ajuda de familiares e do que arranjam “nos supermercados”, ou seja, sobras e restos deitados ao lixo.