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Quase 30% do pão tem substâncias à margem da lei

Um estudo da Deco Proteste revela que 27% das micotoxinas, ou seja, produtos tóxicos produzidos por certos bolores, detectadas no pão não estão legisladas e, por isso, são desconhecidos os seus efeitos na saúde pública, conta esta segunda-feira o Jornal de Notícias (JN).

Quase 30% do pão tem substâncias à margem da lei
Notícias ao Minuto

08:00 - 24/06/13 por Notícias Ao Minuto

País Alimentação

A descoberta de carne de cavalo em alguns produtos congelados deu o alerta para o desconhecido que se compra nos supermercados e se come no prato. Mas a verdade é que novas substâncias e combinados, cujos efeitos para a saúde pública são desconhecidos, estão sempre a surgir. Por isso, parece estar no início o estudo destes componentes e a sua posterior inclusão na lista de substâncias proibidas.

Em entrevista ao JN, Dulce Ricardo, responsável da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), que acompanha a área alimentar, explica que apesar de “já existirem tecnologias que permitem detectar novos produtos”, no último estudo realizado pela Deco sobre “microtoxinas” foram encontradas “algumas substâncias não contempladas na lei, nomeadamente tricotecenos, sobretudo nos cereais tipo muesli, e firasenona, no pão e nas bolachas”.

Estas substâncias podem causar “imunossupressão e outros efeitos ao nível sanguíneo”, bem como “problemas gastrointestinais”. Porém, sublinha Dulce Ricardo, “são necessários estudos para conhecer todas as consequências para a saúde”.

A origem destas situações, refere a responsável da Deco, passa, “muitas vezes, [pelo facto], das novas tecnologias usadas na indústria” andarem “à frente das técnicas laboratoriais e da legislação”. Como exemplo, Dulce Ricardo refere-se ao uso de “nanopartículas (…) em embalagens para alimentos com a finalidade de aumentar o seu prazo de validade,” e que “a entrarem no mercado, devem ser acompanhados de legislação”.

A responsável da Deco alerta ainda que “em contexto de crise”, como o actual, “é importante que haja um reforço do controlo, pois esta situação pode levar ao aparecimento de mais fraudes e a um descuido na aplicação de boas práticas”.

Porém, o presidente da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Filipe Meirinho, salienta, também ao JN, que estas situações não são “comuns” e assegura que “se houver suspeita de [que um determinado produto] constitui um risco para a saúde pública, é retirado” do mercado.

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