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Governo admite que portugueses foram atirados para emigração

O secretário de Estado das Comunidades reconheceu hoje que a atual conjuntura económica "tem atirado" muitos portugueses para a "'aventura' da emigração" em "circunstância delicadas" e sublinhou a importância de valorizar os sucessos das comunidades, sem esquecer os problemas.

Governo admite que portugueses foram atirados para emigração
Notícias ao Minuto

13:56 - 04/06/13 por Lusa

País José Cesário

"Sabemos que esta conjuntura tem atirado muitos portugueses para a “aventura” da emigração, em circunstâncias por vezes extremamente delicadas, verificando-se diversas situações difíceis que têm condicionado negativamente a vida de muitos deles", refere José Cesário numa mensagem divulgada a propósito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a 10 de junho.

O secretário de Estado das Comunidades lembra que as celebrações deste ano "ocorrem num momento particularmente delicado" e garante que o Governo está "a desenvolver todos os esforços possíveis para inverter a difícil situação económica e financeira" em que o país vive.

Por outro lado, José Cesário sublinhou a afirmação crescente das comunidades nos países de acolhimento, o que lhes tem dado também maior visibilidade em Portugal.

"O facto de diversas instituições terem finalmente começado a olhar para estas comunidades como parceiros indispensáveis para a promoção externa dos nossos interesses e para o próprio desenvolvimento local, merece um particular destaque, percebendo-se agora perfeitamente a real dimensão humana do nosso país, nem sempre devidamente compreendida no passado", adiantou.

Para José Cesário, "é hoje muito claro que as comunidades portuguesas têm um potencial extraordinário” para a presença de Portugal no exterior que é preciso “aproveitar em benefício do interesse nacional".

Destacando a importância de ter políticas de ligação às comunidades, o secretário de Estado apontou como exemplo dessas políticas as novas permanências consulares, que permitiram "alargar o atendimento consular a mais de uma centena de cidades", e o início do processo de avaliação e certificação do Ensino de Português no Estrangeiro.

O governante assinalou ainda a "intensa atividade de promoção da participação cívica e política" fruto da qual, disse Cesário, começam a "surgir novas redes de contacto entre políticos, dirigentes associativos, agentes culturais, empreendedores económicos e promotores sociais, que terão inequívoco impacto na futura organização das comunidades".

"Por tudo isto, vale a pena celebrar este Dia de Portugal, pensando na nossa diáspora, valorizando tudo o que ela significa em termos de sucesso, sem esquecermos os problemas e as dificuldades que muitos dos nossos também atravessam", concluiu Cesário.

O secretário de Estado das Comunidades aponta para que tenham saído do país nos últimos anos entre 100 mil a 120 mil portugueses por ano e alguns especialistas consideram que se está perante uma vaga de emigração semelhante à verificada na década de 1960.

A comunicação social tem denunciado casos de emigrantes portugueses em situações de carência extrema em alguns países de acolhimento, como a Suíça ou o Luxemburgo.

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