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Sargento nega em tribunal envolvimento em tráfico de armas

Um sargento-chefe do Exército acusado de desviar armas que iriam parar ao mercado negro negou hoje no tribunal de Guimarães a prática de tais crimes, afirmando ainda desconhecer algumas pessoas que o Ministério Público dá como seus cúmplices.

Sargento nega em tribunal envolvimento em tráfico de armas
Notícias ao Minuto

16:01 - 20/04/17 por Lusa

País Guimarães

"Não conheci e nunca ouvi falar deles. Nunca, nunca, nunca, tive contactos com eles", garantiu Alcino Costa, militar de 53 anos, a cumprir serviço no Regimento de Paraquedistas de Tancos.

O militar é um dos quatro arguidos em prisão preventiva, desde abril de 2016, sendo que no total começaram a ser julgados 13 arguidos, com idades entre os 30 e os 71 anos.

Em declarações aos jornalistas, o advogado do militar, Coimbra Leite, destacou a forma "clara e convicta" com que Alcino Costa prestou declarações.

"O meu cliente prestou declarações a colaborar inteiramente com a justiça e esperamos que, no final do julgamento, a sua inocência seja provada e ele seja absolvido. Prestou todos os esclarecimentos ao tribunal de uma forma clara, convicta de quem diz a verdade", afirmou o casuístico.

Durante a sessão, marcada pela vontade de Alcino Costa em prestar declarações, o militar refutou os factos pelos quais é arguido e negou que as funções que desempenha no Exército lhe tenham dado acesso privilegiado a armas.

"Querem fazer crer que roubava armas nos quartéis e as punha no exterior. São afirmações muito infelizes. Nunca trabalhei na parte logística ligada ao armamento e o armamento é controlado à peça, à grama, é impossível qualquer arma sair do quartel", apontou.

Os 13 arguidos foram detidos em abril de 2016, numa operação que incluiu 20 buscas domiciliárias por vários concelhos da zona Norte do país, tendo a Polícia Judiciária apreendido 5.058 munições de diversos calibres, 22 armas curtas, 9 armas longas, seis armas elétricas, nove aerossóis, 12 armas brancas, oito granadas, três sabres baioneta, cerca de 1.000 artigos considerados material de guerra e fardamento militar e ainda centenas de peças de armas de fogo.

Entre as armas encontram-se duas metralhadoras de uso exclusivo militar e, segundo fonte policial, ao sargento-chefe foram apreendidas mais de mil artefactos militares.

O inspetor chefe da PJ de Vila Real, António Torgano, explicou à data das detenções que a investigação que levou à detenções dos agora arguidos já decorria "há vários meses" e na sua origem esteve a apreensão de armas no âmbito de outros crimes.

Entre esses crimes está a morte de um inspetor da PJ, Júlio Melo, morto na sequência de um assalto à mão armada a uma carrinha de valores.

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