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Trinta beatos e santos portugueses esperam decisão do Vaticano

Os dois pastorinhos de Fátima Jacinta e Francisco são os mais recentes santos portugueses da Igreja Católica, numa altura em que o Vaticano tem em análise 30 causas portuguesas, disse à Lusa uma fonte episcopal.

Trinta beatos e santos portugueses esperam decisão do Vaticano
Notícias ao Minuto

11:45 - 20/04/17 por Lusa

País Religião

São Teotónio (1082-1162) é o primeiro de uma lista de pouco mais de dez santos nascidos em Portugal reconhecidos pela Igreja.

A Congregação para as Causas dos Santos, liderada pelo cardeal Angelo Amato, estuda as causas de "bem-aventurados" que apresenta ao papa, como proposta, de novos exemplos de santidade.

Antes é necessário que tenham sido aprovados os resultados sobre os milagres, martírio e virtudes heroicas, que justificam a canonização (elevação à categoria de santo) ou beatificação (beatos), e possam estar nos altares e ser alvo de devoção nos templos católicos.

A 23 de março, o papa aprovou o "milagre" atribuído aos beatos Jacinta e Francisco, os pastorinhos de Fátima, que serão canonizado a 13 de Maio, em Fátima, durante a visita de Francisco.

No caminho dos altares encontram-se outros portugueses, entre eles o jesuíta Francisco da Cruz (1859-1948), mais conhecido como "Padre Cruz, apóstolo da caridade", cujo processo de beatificação foi iniciado em 1951.

Outro padre que aguarda uma decisão é Américo de Aguiar (1887-1956), que fundou a Casa do Gaiato, instituição que acolhe jovens em risco, apontado como "pedagogo da caridade" e conhecido como padre Américo.

Na lista de espera das decisões da congregação encontra-se Luísa Andaluz (1877-1973), fundadora da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, cujo processo deu entrada no Vaticano em abril de 2000. Luísa Andaluz deixou várias obras, e um diário, no qual refere o seu propósito de uma congregação religiosa "sem hábito nem claustro".

Outra fundadora, Maria da Conceição Pinto da Rocha (1889-1958), está também na lista desde 1983. Maria da Conceição iniciou o processo que levou à fundação, em 1965, da congregação das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face.

A lista de nacionais que podem ser elevados aos altares católicos inclui Teresa Saldanha (1837-1916), fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, e cujas "virtudes heroicas" foram já declaradas por João Paulo II.

O caso do Frei Bernardo de Vasconcelos (1902-1932), autor de uma obra poética de inspiração católica, nomeadamente o livro "Cântico de Amor", e de Guilherme Braga da Cruz (1916-1977), reitor da Universidade de Coimbra, casado e pai de nove filhos, estão também em análise.

Outro processo a decorrer é a beatificação de Ana de Jesus Maria José de Magalhães (1811-1875), conhecida como a "santinha de Arrifana", que se iniciou em 1915. Segundo o processo apresentado no Vaticano, Ana de Magalhães viveu na verdade e na oração e santificou-se extraordinariamente.

Maria Rita de Jesus (1885-1965), religiosa da Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, Sílvia Cardoso (1882-1950), leiga nascida em Paços de Ferreira, e António José de Sousa Barroso (1854-1918), missionário, que foi bispo do Porto, de 1899 a 1918, são outros nomes cujos processos se encontram nas prateleiras da congregação vaticana.

Também outros antigos bispos aguardam "luz verde" da Santa Sé, designadamente João Oliveira Matos (1879-1962), que esteve à frente da diocese da Guarda, e Manuel Mendes da Conceição Santos (1876-1955), antigo arcebispo de Évora, cujo processo de beatificação se iniciou em 1972.

Maria da Conceição de Pimentel Teixeira (1923-1940), conhecida por Sãozinha de Alenquer, é um dos processos que decorre, proposto pelo patriarcado de Lisboa, assim como o de Madre Maria do Lado (1605-1632), da Ordem das Clarissas.

Há também beatos aos quais é necessário reconhecer um "milagre" para que se abra o caminho à sua canonização, como é o caso de Alexandrina Maria da Costa (1904-1955), conhecida como a Santinha de Balasar, cujo processo se iniciou em 1967, declarada venerável por João Paulo II na década de 1980, e beata em 2004, por este mesmo pontífice.

Um dos mais antigos caso que aguarda decisão do Vaticano é de D. Fernando (1402-1443), filho dos reis D. João I e D. Filipa de Lencastre, que morreu em cativeiro mouro em Tanger, e cujo culto religioso foi autorizado em 1470.

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