Dos oito aos catorze anos terá sido abusada pelo padrasto e sofreu em silêncio, mas após sete anos calada resolveu falar com a mãe porque achava que estava grávida do seu violador. A mulher ouviu a filha e apresentou queixa na polícia.
A adolescente, afinal, não estava grávida mas a denúncia tinha fundamento. O seu padrasto de 38 anos foi detido, tendo resistido e tentado fugir à Polícia Judiciária (PJ) mas sem sucesso. O alegado autor dos abusos, denunciado a semana passada, foi ouvido por um juiz esta segunda-feira e aguarda agora que lhe seja aplicada a medida de coacção.
A PJ reconheceu o “padrão” do comportamento criminoso do agressor e considera que o padrasto se “aproveitava da proximidade e coabitação, utilizando o seu ascendente e recorrendo a ameaças, abusou da criança até à denúncia motivada por eventual situação de gravidez”, afirma a polícia, citada pelo Diário de Notícias.
O agressor sabia que iria ser denunciado pela mulher com quem vivia, mãe da vítima que já o tinha acusado de violência doméstica, foi detido no sábado, não sem antes agredir os polícias e ter tentado fugir, mas não conseguiu.