Crato promete medidas face a docente acusado de abuso sexual
O Ministro da Educação, Nuno Crato, garantiu esta segunda-feira que serão tomadas “rapidamente” medidas relativas ao recém-eleito director de um agrupamento escolar, acusado de abuso sexual de menores, e que o processo será investigado pela Inspecção.
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País Educação
De acordo com o jornal Expresso, o professor eleito este mês para director de um agrupamento de 14 escolas com 2800 alunos entre os três e os 18 anos foi condenado a três anos de pena suspensa por crimes contra um rapaz de 13 anos.
“O assunto está a ser averiguado e serão tomadas rapidamente as medidas necessárias”, afirmou hoje o Ministro da Educação e Ciência (MEC), Nuno Crato, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do Diagnóstico sobre o Sistema Científico em Portugal, que decorreu hoje em Lisboa.
"Acima de tudo está a segurança e o respeito que os nossos alunos nos merecem", afirmou Nuno Crato, garantindo que "a Inspecção verá o que se passa e fará o que for necessário".
O responsável voltou a reafirmar que o ministério desconhecia o processo judicial: “O que é imputado ao professor não estava no processo”.
Os encarregados de educação criticam precisamente essa situação. "Como é possível que o senhor em questão tenha sido nomeado e o Ministério não tenha conhecimento da sua condenação?", questiona o presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP), Isidoro Roque, num oficio enviado para o MEC.
Os pais exigem o afastamento "imediato" do professor das escolas e alertam que caso aconteça alguma coisa a alguma criança ou jovem as responsabilidades serão atribuídas a Nuno Crato.
"Responsabilizo V. Exa. por todos os acontecimentos que advenham da continuidade do Senhor em questão, tanto nas funções para que foi nomeado pelo Ministério a que preside, bem como outras que impliquem o relacionamento directo com Crianças e/ou Jovens, promovidas pelo Ministério da Educação e Ciência", refere Isidoro Roque, exigindo "o imediato afastamento do senhor em causa, de qualquer função que lhe permita o contacto directo com crianças e jovens".
Também a presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária Braamcamp Freire enviou uma carta no domingo ao MEC exigindo que informe a associação sobre se o caso relatado se refere ao seu agrupamento. "Queremos que o ministério nos diga quem é. Se for este senhor, ele terá de ser afastado imediatamente", sublinhou a presidente da associação de pais, Angela Quintanilha, em declarações à Lusa.
A associação de pais também pede o “imediato afastamento” do professor: “Entende a Associação de Pais que qualquer indivíduo que seja condenado por crime de pedofilia não pode desempenhar funções que lhe permitam estar em contacto directo com crianças”.
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