Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 15º MÁX 21º

CGTP: Aumento da idade da reforma é "insustentável e inaceitável"

Idade da reforma passou para os 66 anos e três meses graças ao aumento da esperança média de vida.

CGTP: Aumento da idade da reforma é "insustentável e inaceitável"
Notícias ao Minuto

18:30 - 29/11/16 por Notícias Ao Minuto

País Intersindical

O cenário está traçado. Em 2017, a idade normal de acesso à pensão aumenta para os 66 anos e três meses, ou seja mais um mês relativamente ao corrente ano. Por outro lado, quem se reformar antes desta idade, vai ter um corte maior no valor da sua pensão.

Salienta a CGTP, através de um comunicado enviado às redações, em função do novo valor, a partir de 1 de janeiro de 2017, "quem se reformar antes de completar 66 anos e 3 meses terá um corte de 13,88% no valor da sua pensão, em resultado da aplicação do factor de sustentabilidade que resulta do novo valor da esperança media de vida".

"A CGTP sempre rejeitou a aplicação do factor de sustentabilidade, que foi criado em 2007 com o objetivo de introduzir a ponderação da evolução da esperança média de vida no cálculo das pensões, reduzir assim o respectivo valor", lê-se no mesmo comunicado, onde a intersindical sublinha o agravamento do regime desde 2013.

Desde essa altura, é recordado, "deixou de haver uma idade fixa para acesso à pensão de velhice, ou seja é impossível saber com segurança qual a idade em que se poderá ter acesso à pensão de velhice sem penalização". Isto porque a reforma passou a depender de um factor "imponderável que é a evolução da esperança de vida".

Por outro lado, refere a CGTP, as pensões antecipadas (qualquer pensão que seja atribuída antes da idade normal de acesso à pensão fixada para cada ano) são objecto de uma penalização cada vez maior. E é por isso que a CGTP considera que "o factor de sustentabilidade e o aumento da idade da reforma não constituem soluções aceitáveis para o problema da sustentabilidade do sistema de segurança social".

De resto, o aumento da esperança média de vida é "um progresso da humanidade que, a par dos benefícios em que inegavelmente se traduz, convoca problemas novos para os quais a sociedade, como um todo e de forma solidária, deve encontrar respostas e soluções justas que não onerem excessiva ou exclusivamente este ou aquele grupo social".

"O pressuposto de que o aumento da esperança média de vida é um problema exclusivo dos trabalhadores, cujos custos só estes devem suportar, é insustentável e inaceitável", remata a intersindical. 

Recomendados para si

;
Campo obrigatório