Empresa que fazia obra onde ocorreu derrocada pede inquérito
O Grupo Casais, empreiteiro da obra num prédio na rua Alexandre Herculano, em Lisboa, onde na segunda-feira ocorreu uma derrocada que causou a morte a dois trabalhadores, pediu a abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente.
© Global Imagens
País Lisboa
"Para contribuir para a identificação das causas deste acidente (...), solicitámos a realização de um inquérito", lê-se num comunicado que o Grupo Casais divulgou no seu site, especificando que, "além dos inquéritos externos que as entidades oficiais irão promover", solicitou ainda "a abertura de um inquérito interno, e outro autónomo, que serão realizados por uma entidade externa, tendo em vista o apuramento das circunstâncias do acontecimento".
Afirmando que "lamenta profundamente a morte dos dois trabalhadores", aquela empresa afirma estar focada "em identificar as causas, uma vez que a segurança é uma das principais prioridades do Grupo Casais".
"Como organização, temos desenvolvido um trabalho contínuo na formação e desenvolvimento de uma mentalidade no domínio da segurança, razão pela qual queremos ser céleres e concisos na identificação das causas do sucedido", indica o comunicado.
O empreiteiro revela, ainda, que é "prematuro, neste momento, emitir qualquer informação sobre as causas do sucedido, uma vez que o local em questão encontra-se vedado para averiguações pelas entidades envolvidas".
O Grupo Casais afirma, também, que, "assim que sucedeu o acidente, colocou todos os meios ao dispor para dar resposta às necessidades dos Bombeiros e Proteção Civil encarregues das operações", bem como às famílias das vítimas mortais.
"Desde o início da tarde de ontem [segunda-feira], estamos a apoiar e a acompanhar os familiares dos falecidos. Todos os colaboradores e colegas estão profundamente transtornados, uma vez que nada fazia prever o sucedido", afirma.
O alerta para a derrocada na parte interior da fachada de um prédio que está em obras na Rua Alexandre Herculano (na esquina com a Rua Rodrigo da Fonseca) foi dado pelas 12:00 de segunda-feira.
As duas vítimas são de nacionalidade portuguesa e trabalhavam para o empreiteiro da obra, o Grupo Casais.
Em declarações à agência Lusa, um trabalhador da obra, que não quis ser identificado, disse que estava no primeiro andar quando aconteceu o acidente.
"Foi tudo muito rápido, só tive tempo de ver a poeira e fugir", avançou.
De acordo com o mesmo, as obras começaram há dois meses, estando o edifício a ser reabilitado, e não havia suspeitas de que as paredes interiores estivessem em risco.
O prédio localiza-se perto da Avenida da Liberdade e do Marquês de Pombal, no centro da cidade.
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