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"Taxas moderadoras cortaram acesso aos cuidados de saúde"

A directora clínica do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Maria do Céu Machado, avançou esta terça-feira que há mais doentes a procurarem apoio nos serviços sociais dos hospitais devido ao aumento das taxas moderadoras.

"Taxas moderadoras cortaram acesso aos cuidados de saúde"
Notícias ao Minuto

16:26 - 30/04/13 por Lusa

País Saúde

“O que eu tenho sentido é que as taxas moderadoras cortaram um pouco o acesso do cidadão aos cuidados de saúde”, disse a antiga alta comissária da saúde à agência Lusa, à margem da conferência “Funções sociais: Funções do Estado na protecção da saúde e segurança social", promovida pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e pelo Instituto Nacional de Administração

Maria do Céu Machado adiantou que as taxas moderadoras estão “a um nível que nem todas as famílias conseguem chegar”, apesar de haver muitas situações de isenção.

Deu como exemplo o caso dos doentes crónicos, que estão isentos do pagamento de taxas moderadoras.

“Enquanto a doença não é diagnosticada têm de fazer uma série de exames e muitas vezes as taxas que acompanham os exames são muito onerosas para as famílias”, explicou.

Para ultrapassar esta situação, os serviços sociais dos hospitais estão a dar mais apoio aos utentes que não podem pagar as taxas, nomeadamente ao nível do transporte para realização de exames e nas refeições.

Para Maria do Céu Machado, “o Estado deve ter, e tem, algumas respostas na saúde e no bem-estar da população”, mas tem de desenvolver-se em Portugal uma “responsabilidade individual e colectiva”.

“Cada um de nós tem que ter cuidado com a sua saúde e ser responsável pelo seu estilo de vida”, defendeu.

Sobre as políticas de saúde, a pediatra afirmou que “algumas reformas tinham de ser feitas” devido ao problema de sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Se gastamos mal e há desperdício no Serviço Nacional de Saúde, não vamos poder respeitar a equidade”, porque o “financiamento não chega par tudo”.

Para a responsável, tem que haver “um combate” contra o desperdício, serem feitas reformas e haver “disciplina dos profissionais e da população”.

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