Portugueses juntam-se às 200 ONG e apelam ao fim rápido da pesca excessiva
Mais de 200 Organizações Não-Governamentais (ONG), incluindo nove portuguesas, apelaram ao fim rápido da pesca excessiva e à recuperação das reservas de peixe, na recta final das negociações da Política Comum de Pescas europeia.
© Lusa
País Peixe
O apelo foi feito por escrito, em carta enviada na quarta-feira aos ministros das Pescas dos 27 Estados-membros da União Europeia, incluindo a ministra portuguesa da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Maria Assunção Cristas.
Justificando a iniciativa, as ONG referem que os ministros "rejeitaram, até agora, as metas" definidas pelo Parlamento Europeu, "concordando apenas em acabar com a sobrepesca em 2020", não estipulando um prazo para recuperar as reservas de peixe.
Segundo a nota, o Parlamento Europeu votou, a 6 de Fevereiro, a favor do fim da pesca excessiva até 2015 e da recuperação das reservas de peixe até 2020.
Para as ONG, "sem esse objectivo ambicioso, porém alcançável, de recuperação de 'stocks' de peixes, a Política Comum de Pescas não tem sentido".
As 219 organizações signatárias consideram que o Conselho das Pescas da União Europeia e o Parlamento Europeu "têm, agora, uma oportunidade para acabar com 30 anos de má gestão do sector".
O comunicado alerta que, se os Estados-membros da União Europeia "tivessem apenas em conta o peixe capturado em águas europeias, este ano ficariam sem peixe a 6 de Junho".
As ONG portuguesas signatárias são Quercus, GEOTA, Liga para a Protecção da Natureza, Observatório do Mar dos Açores, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, WWF Portugal, PONG-Pesca, Associação de Ciências Marinhas e Cooperação e Associação Portuguesa para o Estudo e Conservação de Elasmobrânquios.
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