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Doenças reumáticas precisam de reforço das especialidades nos hospitais

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, defendeu esta sexta-feira que uma “boa gestão” das doenças reumáticas necessita de uma integração mais eficaz entre os cuidados primários e hospitalares e de um “reforço das especialidades” nos hospitais.

Doenças reumáticas precisam de reforço das especialidades nos hospitais
Notícias ao Minuto

18:09 - 05/04/13 por Lusa

País Governo

“Entre 20 a 30% da população em Portugal sofrerá de doenças reumáticas, que causam um tremendo sofrimento individual e custos sociais muitíssimo importantes”, muitos decorrentes das reformas antecipadas, disse Manuel Teixeira, nas XIII Jornadas da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR), que decorrem em Lisboa.

Sendo um “problema de saúde pública”, estas doenças constituem “um desafio muito grande para os sistemas de saúde”, que se torna ainda maior “quando se vivem situações em que os recursos se tornam bastante mais escassos”, como a situação que o país atravessa.

Para Manuel Teixeira, a “boa gestão da doença reumática necessita de uma grande proximidade ao sistema de saúde, de bons cuidados primários, de uma boa integração entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares e o reforço das especialidades nos cuidados hospitalares”.

Contudo, frisou, “o sistema de saúde português ainda não atingiu de forma perfeita esse objectivo”.

“A gestão da doença crónica em Portugal ainda não é feita de forma tão integrada como é desejável e absolutamente necessária, sendo necessário trabalho adicional”, defendeu o governante.

Manuel Teixeira salientou a importância da plataforma de dados de saúde para cumprir este objectivo, uma vez que permite aos profissionais de saúde, independentemente do local onde estão a exercer a sua actividade, aceder aos registos clínicos dos utentes.

“A plataforma já está implementada na maioria dos serviços do Serviço Nacional de Saúde. Isto vai permitir que os contactos dispersos dos doentes feitos em vários serviços de saúde tenham um fio condutor, centrado no próprio doente”, explicou.

Para o secretário de Estado, é necessário garantir que os tratamentos que os doentes estão a receber são os adequados: “A sociedade exige de uma forma veemente que os tratamentos que são muitos dispendiosos garantam ganhos em saúde”.

No caso da artrite reumatóide, o secretário-geral da ANDAR, António Vilar, defendeu a necessidade de uma “referenciação rápida” para um reumatologista para um diagnóstico precoce.

No entanto, António Vilar salientou os progressos que têm sido alcançados no diagnóstico da doença: Há cerca de 30 anos, os doentes chegavam aos serviços com nove anos de média de evolução da doença.

Um questionário da ANDAR, que envolveu 1.500 doentes, revelou que a média de tratamento dos pacientes é de nove anos, o tempo que demoravam a chegar aos serviços de saúde, justificou.

Dados do Infarmed apresentados nas jornadas indicam que, em 2012, estavam em tratamento com medicamentos biológicos 4.889 doentes com artrite reumatóide, sendo o custo anual da terapêutica por doente de cerca de 11 mil euros.

António Vilar frisou que “não há nenhuma doença que faça sofrer tanto, tanta gente, durante tanto tempo” como a artrite reumatóide, que afecta cerca de 40 mil portugueses.

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