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Novo navio patrulha da Marinha "visa melhorar fiscalização" das águas

O ministro da Defesa afirmou hoje em Almada que a passagem ao estado de armamento do navio patrulha NRP Tejo se insere no esforço de modernização da Marinha, para garantir a "fiscalização e a soberania nacional" em águas portuguesas.

Novo navio patrulha da Marinha "visa melhorar fiscalização" das águas
Notícias ao Minuto

20:22 - 05/05/16 por Lusa

País Azeredo Lopes

um passo significativo no caminho, nem sempre fácil, de modernização das Forças Armadas" e "um reforço muito importante, ainda que de forma indireta, do exercício da nossa soberania territorial e da nossa jurisdição", disse Azeredo Lopes na cerimónia que decorreu na Base Naval do Alfeite, em Almada.

"Portugal tem uma relação muito especial com o mar, pela circunstância, quer da nossa história quer da nossa implantação territorial, mas a verdade é que essa relação com o mar fica sempre incompleta se não puder ser exercida a nossa soberania e a nossa jurisdição. E isso faz-se com meios, faz-se com navios desta natureza, com uma capacidade plural, variada, mas onde a dimensão de fiscalização e patrulhamento é uma componente essencial", acrescentou.

Azeredo Lopes falava aos jornalistas a bordo do novo navio patrulha da Marinha Portuguesa, NRP Tejo, um dos quatro que foram adquiridos na Dinamarca e adaptados às necessidades portuguesas no Arsenal do Alfeite, projeto que custou mais de 28 milhões de euros.

O NRP Tejo é um navio de patrulha costeira com 54 metros de comprimento, uma guarnição de 23 elementos e autonomia de 2.400 milhas náuticas à velocidade de 14 nós, o que daria para ir três vezes do continente aos Açores.

Como referiu o Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, Luís Manuel Fragoso, a aquisição do NRP Tejo, o primeiro de quatro navios adquiridos à Dinamarca para fazer face às necessidades de fiscalização de águas portuguesas, ficou a dever-se à não execução dos programas de construção adjudicado aos estaleiros navais de Viana do Castelo.

"A não execução do programa de construções adjudicados em tempo aos então Estaleiros Navais de Viana do Castelo - que previa a construção de oito navios de patrulha oceânica e seis navios de patrulha costeira até ao fim de 2012, dos quais apenas foram entregues dois navios de patrulha oceânica, o último dos quais no fim de 2013 -, criou um enorme problema à Marinha", disse Luís Fragoso.

"Esta situação impossibilitou a indispensável renovação da capacidade de fiscalização, obrigando a que a missão seja hoje executada com meios cada vez mais escassos e envelhecidos. A necessidade premente da substituição dos navios existentes num momento histórico de dificuldades económico-financeiras do país, impõe ao Governo e à Marinha um grande desafio que tem de ser vencido", acrescentou.

O Chefe do Estado-Maior da Armada sublinhou ainda que a aquisição dos quatro navios foi "a melhor solução encontrada para, num curto prazo, suprir lacunas na área da fiscalização costeira e, simultaneamente, ganhar tempo que temos que usar meticulosamente no edificar do futuro".

Os outros três navios de patrulha costeira que, tal com o NRP Tejo, também terão de ser adaptados às necessidades da Marinha Portuguesa no Arsenal do Alfeite, deverão ser entregues até ao final de 2017, sendo que um deles deverá entrar ao serviço no segundo semestre deste ano e os outros dois no segundo semestre de 2017.

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