Médicos não 'picam o ponto'

Um relatório realizado pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS), a que o Jornal de Notícias teve acesso, detectou falhas no controlo dos tempos de trabalho dos médicos em 10 dos 19 hospitais analisados. Em causa está o não uso do registo biométrico de controlo de assiduidade e pontualidade obrigatório por lei.

Médicos não 'picam o ponto'

© Reuters

Lusa
29/03/2013 08:55 ‧ 29/03/2013 por Lusa

País

Irregularidades

Segundo a edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias, a Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) detectou a falta de rigor em alguns hospitais onde os médicos não exercem o controlo das horas de trabalho ao não ‘picarem o ponto’.

O relatório levado a cabo pela IGAS detectou falhas a esse nível nos centros hospitalares do Baixo Vouga, do Tâmega e Sousa, de Tondela/Viseu e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho. Nestas unidades, os clínicos estão excluídos da obrigação de ‘picar o ponto’.

Por seu turno, foram detectados outras unidades hospitalares onde o controlo do horário de entrada e saída do médico era feito pelo próprio de forma manual (através de folhas), e exemplo disso é o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, tendo sido encontrado uma folha em que as horas de saída não correspondiam à realidade. No entanto essas horas foram pagas pela instituição de saúde pois o médico em questão encontrava-se “em acumulação com actividades privadas”, escreve o relatório citado pelo JN.

O relatório alerta ainda para o facto de poderem ser efectuados pagamentos indevidos devido às falhas detectadas no uso do sistema biométrico, que não permitem a interligação dos registos de horários com o sistema informático que processa dos recibos de vencimento.

A IGAS critica ainda as administrações das unidades hospitalares por abrirem excepções a médicos no que toca ao uso do equipamento de controlo de horários e pelo facto de existirem unidades que ainda têm em curso o processo de registo manual.

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