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Governo dá mais autonomia às escolas para flexibilizarem currículo

O secretário de Estado da Educação afirmou hoje que as escolas vão ter mais autonomia para flexibilizar o currículo, sublinhando que não se trata de uma reforma curricular, mas da adaptação dos conteúdos aos 12 anos de escolaridade.

Governo dá mais autonomia às escolas para flexibilizarem currículo
Notícias ao Minuto

13:09 - 30/04/16 por Lusa

País Conferência

"Aquilo que temos de ter é um perfil de saída. Não queremos fazer uma reforma curricular, não estamos a falar de uma reforma curricular, mas a partir dos instrumentos que temos definir - estamos a formar para quê, qual é o perfil de saída dos alunos -, a partir daí identificar em cada disciplina o que é essencial para chegar a esse perfil e flexibilizar o resto", disse o secretário de Estado, João Costa.

De acordo com o governante, que falava aos jornalistas à margem da conferência ‘Currículo para o Século XXI: competências, conhecimentos e valores, numa escolaridade de 12 anos’, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sublinhou que a pretensão do executivo é dar mais autonomia às escolas e não afasta a possibilidade de a alteração poder entrar em vigor no próximo ano letivo.

"Um dos preditores de sucesso é a autonomia e um dos promotores da valorização dos professores é a sua capacidade de participarem na construção do currículo. Já temos isso nas escolas com contrato de autonomia, vale a pena generalizar, dar instrumentos aos professores para gerirem o currículo de forma flexível a partir de um conteúdo nuclear que tem de ser partilhado por todas as escolas para chegar a este referencial de saída que queremos construir", assinalou.

Não querendo comprometer-se com datas, uma vez que o Governo pretende alcançar "um consenso alargado" para avançar com estas alterações, João Costa admitiu, no entanto, que "o desejo é que entrem no próximo ano letivo".

"Não há pressa nenhuma aqui, queremos que este seja um trabalho que reúna um consenso alargado, um debate muito amplo, por isso estamos a ouvir os professores. Seria absurdo executar isto sem ouvir os professores porque são eles quem tem a capacidade de dizer o que funciona", sublinhou o membro do Governo.

Com estas alterações que o executivo pretende introduzir, "as escolas poderão acrescentar, cortar, gerir tempo, gerir a matriz do currículo", reforçou.

João Costa esclareceu que este processo "não implica uma revisão dos documentos, mas olhar para os documentos [que já existem] e fazer seleção entre o que é essencial e o que é flexível, sem mexer nas metas".

Nesta conferência, que hoje decorre em Lisboa, foram apresentados os resultados preliminares de um inquérito aos professores sobre a adequação das orientações curriculares em todas as disciplinas, que o Ministério da Educação promoveu durante o mês de abril, e que contou com os contributos de mais de 30 mil professores.

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