Mãe que acusa Reino Unido de lhe "roubar" bebé ameaçada
Santiago está numa casa de acolhimento e a partir do dia 20 de maio poderá ser adotado por outra família. Os pais querem reaver o filho que dizem estar a ser alvo de uma "adoção forçada".
País Iolanda Menino
A portuguesa emigrada no Reino Unido que acusa os serviços sociais britânicos de lhe “roubarem” o bebé recém-nascido diz agora estar a ser alvo de ameaças.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, Iolanda Menino diz que está a ser “ameaçada de prisão com papéis do tribunal e dos serviços sociais” por estar a divulgar a sua história na comunicação social.
Conta ainda que a data para que o seu filho, Santiago, passe a integrar a lista de crianças para adoção passou de 10 de junho para 20 de maio depois de o caso ter sido noticiado no programa Sexta às 9, transmitido pela RTP na passada sexta-feira.
Além da divulgação na imprensa e redes socias, Iolanda Menino e o marido, Leonardo Edwards, contam com a ajuda do Juiz Federal David Wynn Miller e esperam conseguir travar o que dizem ser uma “adoção forçada”.
Cinco dias depois do nascimento, Santiago foi retirado aos pais pelos serviços sociais britânicos, que acusam o casal de negar assistência médica ao bebé.
Os pais admitem não ter aberto a porta de casa a várias enfermeiras enviadas pelo Estado após o parto em casa, mas alegam que desconheciam os protocolos de obstetrícia pós-natal e que apenas pretendiam descansar depois do nascimento.
Negam que o bebé estivesse doente, como alegam os serviços sociais, e dizem que foi visto depois do parto pela doula e por uma enfermeira privada contratada, pelo que não consideraram necessário recorrer a mais profissionais de saúde.
Santiago terá ficado com icterícia mas após consulta da parteira, de familiares e da internet os pais assumiram que era um prolema comum em bebés em amamentação e, ao registar melhorias, desvalorizaram a situação.
Depois de vários conflitos entre o casal e os médicos no hospital Princess Anne, para onde o bebé “foi levado à força”, o caso chegou a tribunal.
O casal passou a estar sujeito a visitas cada vez mais limitadas e desde 4 de março foi impedido de ver Santiago. Iolanda deixou ainda de estar autorizada a fornecer leite materno para alimentação do filho.
Para exigir que o bebé seja entregue aos pais está marcada para amanhã uma vigília pelas12h00 frente à embaixada inglesa em Lisboa, que segue para a Assembleia da República.
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