Novo presidente da FCT promete transparência entre cientistas
O novo presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão, que hoje tome posse, promete "aumentar a transparência dos processos", estabelecer "pontes entre as diferentes instituições" e "criar mais confiança" entre a comunidade científica.
© Reuters
País Paulo Ferrão
Paulo Ferrão e restante equipa da direção da FCT tomam posse, em Lisboa, no dia em que o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, intervém, horas depois, no plenário do parlamento, num debate temático sobre ciência, proposto pelo PS, partido que suporta o Governo.
Em declarações à Lusa, o professor universitário e até agora diretor do programa MIT - Portugal assumiu como principal prioridade "pôr a FCT ao serviço da comunidade científica, aumentar a transparência dos processos, para criar mais confiança entre os parceiros" do sistema científico nacional - universidades, unidades de investigação e empresas.
Paulo Ferrão propõe-se "constituir pontes entre as diferentes instituições", assim como "aumentar a responsabilização de cada" parceiro e diminuir a burocracia.
A revisão do sistema de avaliação dos centros científicos, da qual depende o financiamento público das instituições, e "a uniformização de critérios" de avaliação de projetos de investigação, bolsas e laboratórios são outros dos compromissos do novo presidente da FCT.
Paulo Ferrão sucede a Maria Arménia Carrondo, investigadora que substituiu, em abril, o médico e investigador Miguel Seabra, que se demitiu do cargo invocando razões pessoais.
A atuação da FCT foi criticada pela comunidade científica durante o mandato do anterior Governo, de coligação PSD-CDS/PP, devido ao corte no número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento e à forma como decorreu o processo de avaliação das unidades de investigação.
A FCT é a principal entidade, na dependência do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, que subsidia a investigação em Portugal.
Para 2016, de acordo com o ministro Manuel Heitor, o orçamento previsto para a FCT aumenta 4,6 por cento, para cerca de 502 milhões de euros, face ao proposto em 2015.
Paulo Ferrão, tal como o novo vice-presidente da FCT, o investigador Miguel Castanho, fazia parte do grupo de reflexão sobre o futuro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, criado em dezembro sob iniciativa do ministro da tutela, que assumiu funções em novembro.
A nomeação da nova direção da FCT foi aprovada na quinta-feira, pelo Governo, sob proposta do ministro Manuel Heitor, depois de reunidos contributos do grupo de reflexão, constituído por 38 investigadores, de universidades, institutos politécnicos, laboratórios do Estado, estudantes universitários, bolseiros e sindicatos.
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