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"O que faremos a seguir ainda mais reservado está", diz João Araújo

Em entrevista exclusiva ao Notícias Ao Minuto, o advogado de José Sócrates foi assertivo: "A continuação do inquérito é ilegal".

"O que faremos a seguir ainda mais reservado está", diz João Araújo
Notícias ao Minuto

00:02 - 29/01/16 por Zahra Jivá

País Exclusivo

O advogado de defesa do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, prestou alguns esclarecimentos, em entrevista exclusiva ao Notícias Ao Minuto. João Araújo diz-se confiante no futuro, que só poderá seguir um rumo: o processo ser arquivado.

"Antes de falarmos em provas teríamos de falar em algo absolutamente essencial: factos. Não existem sequer factos que permitam qualquer indiciação da prática do crime de corrupção", começou por explicar João Araújo.

Quando questionado pelo Notícias Ao Minuto sobre a demora do Ministério Público em apresentar provas que sustentem a acusação, o advogado garantiu que "o Ministério Público já não tem tempo para coisa nenhuma. O prazo máximo de inquérito, que a lei define já foi largamente excedido".

Neste sentido, João Araújo adiantou que os passos que se seguem passam por "insistir junto do Ministério Público e do tribunal para que o inquérito seja imediatamente arquivado. Até à data não obtivemos nenhuma resposta".

"O processo nesta fase só pode ter, em nosso entender, um caminho: ser arquivado, ou melhor, ser o inquérito encerrado ou com a acusação ou com o arquivo dele. Como nem uma, nem outra coisa é apresentada, entendemos que qualquer continuação do inquérito é ilegal".

Relativamente às acusações que José Sócrates tem enfrentado nestes últimos 14 meses, desde que foi detido a 21 de novembro de 2014 no aeroporto de Lisboa e formalmente acusado três dias depois, o advogado revelou que o seu cliente irá responder, de facto, se for confrontado com as acusações, algo que nunca aconteceu.

"O meu cliente responde ao que for confrontado, com imputações, acusações, afirmações. Essas afirmações nunca lhe foram apresentadas. Ele [José Sócrates] nunca foi confrontado com elas, logo não foram respondidas. (...) O que vamos fazer [no futuro] ainda é uma série de pormenores que reservamos, e o que faremos a seguir ainda mais reservado está", vincou João Araújo.

Por fim, o advogado referiu que a "a linha de orientação" é uma: "O prazo de inquérito foi atingido e excedido e já devia estar isolado. Os termos da lei podem isolar com o arquivamento ou com a acusação, se tiver que ser reduzida. Como até agora ainda não foi possível reduzir a acusação, o prazo que a lei destina a isso, determina que tem de ser arquivado".

Recorde-se que no âmbito da Operação Marquês, José Sócrates é suspeito dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

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