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Utentes reivindicam gestão pública do Hospital do Fundão

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) reivindicou hoje a manutenção da gestão pública do Hospital do Fundão, que é uma das unidades que o anterior Governo tinha referenciado para transferir para a misericórdia local.

Utentes reivindicam gestão pública do Hospital do Fundão
Notícias ao Minuto

14:15 - 26/01/16 por Lusa

País Saúde

Em comunicado, o MUSP frisa que é "necessário manter o Hospital do Fundão com gestão pública" e sublinha que a intenção do anterior Governo "cria de imediato problemas na qualidade e no acesso a cuidados de saúde para os utentes".

"Primeiro, porque não há garantias de um corpo clínico suficiente para as exigências dos diversos serviços diferenciados. Segundo, não está definida a articulação com o hospital de referência, o da Covilhã. Depois, porque ficam liquidadas as possibilidades de criação de novos serviços em complementaridade com outras unidades de saúde", dizem.

Entre os argumentos, este movimento aponta ainda algumas perguntas que considera que devem ser respondidas, tais como quem paga os investimentos feitos pelo Estado, nomeadamente em novas instalações e equipamentos, e como se podem prestar serviços públicos com custos inferiores em 25%, sabendo que os custos de saúde têm (até a nível mundial) vindo a crescer.

"Em vez de trabalhadores competentes e interessados, passaremos a ter, no seu lugar, voluntários?", pergunta.

Na nota, o MUSP também defende o reforço dos serviços, nomeadamente através do "regresso da urgência" e com a criação da unidade de cuidados continuados com reforço na valência da convalescença e paliativos.

O Hospital do Fundão integra conjuntamente com o Hospital da Covilhã o Centro Hospitalar da Cova da Beira, sendo que em dezembro de 2015, na sequência da assinatura do Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, foi anunciada a intenção de devolver a gestão deste hospital para a Santa Casa da Misericórdia do Fundão, o que gerou várias reações de contestação.

O processo foi mesmo conduzido para a Assembleia da República, onde foram apresentados diferentes projetos de resolução para que tal intenção não se concretizasse, mas os mesmos não foram aprovados.

Entretanto, o atual Governo já garantiu que tais medidas serão revertidas e no dia 11 de janeiro anunciou que a passagem dos hospitais de Santo Tirso e de São João da Madeira seria anulada.

Quanto ao Hospital do Fundão, está agendada para esta semana na Assembleia da República nova análise das iniciativas parlamentares que pretendem impedir a transferência deste hospital.

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