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Cada vez mais crianças tomam antipsicóticos
"Qualquer dia as crianças são como robôs medicados", alertam os psiquiatras.
© Pixabay
País Medicamentos
São medicamentos habitualmente prescritos a adultos com doenças graves do foro mental e há cada vez mais médicos a receita-los a crianças diagnosticadas com hiperatividade, défice de atenção, agressividade ou retração.
Só no ano passado, foram vendidas 276.029 embalagens de Metilfenidato (ritalina) a crianças e adolescentes (entre os 5 e os 19 anos), adianta o relatório do Infarmed, analisado pelo Diário de Notícias. As clínicas privadas são as que mais prescrevem este tipo de fármacos (39%), seguidas pelos hospitais públicos (37%).
A recorrência a este tipo de medicamentos preocupa os psiquiatras, tendo em conta os sérios efeitos negativos que os antipsicóticos têm no desenvolvimento dos mais novos.
“Estou preocupadíssima com essa tendência, que já é muito expressiva em Portugal. Qualquer dia as crianças são como robôs mecânicos”, alerta a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos ao DN.
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