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Vistos Gold, o negócio de sonho dos chineses que acabou em prejuízos

O caso dos Vistos Gold continua a ser investigado pela justiça portuguesa.

Vistos Gold, o negócio de sonho dos chineses que acabou em prejuízos
Notícias ao Minuto

13:10 - 27/11/15 por Notícias Ao Minuto

País Justiça

O caso dos Vistos Gold e a ligação de António Figueiredo, antigo presidente do Instituto de Registo Notariado (IRN), aos chineses e a negócios associados parece não ter corrido como esperado, até porque, feitas as contas, os empresários perderam cerca de dois milhões de euros.

Zhu Xiaodong, Zhu Baoe e Xia Baoling estão acusados de corrupção ativa e tráfico de influências na Operação Labirinto, sendo que, segundo o Ministério Público, citado pelo jornal i, há uma acusação que pressupõe a existência de planos grandiosos em que António Figueiredo terá estado envolvido.

O Palácio da Junqueira, o Clube dos Empresários na Avenida da República, a compra de terrenos para construção na Marginal de Cascais, uma casa na Quinta da Marinha, um condomínio em Penha Longa, e até a Feira Popular, estiveram nos planos dos empresários chineses, que chegaram a visitar e negociar alguns destes locais. Os projetos ‘caíram por terra’ e os negócios não aconteceram, contudo ainda houve aquisição e venda de imóveis durante este tempo.

A filha de António Figueiredo namora com um sócio de Xiaodong e, de acordo com o Ministério Público, é ‘testa-de-ferro’ do pai, sendo uma das sócias de uma sociedade constituída em outubro de 2013 por Xiaodong.

Em Fevereiro de 2014, com a investigação do Ministério Público e a comunicação social atenta às movimentações dos suspeitos, Xiaodong e António Figueiredo começaram a tomar diferentes atitudes, provavelmente por acreditarem estarem sob escuta, mas alguns dos negócios prosseguiram, como a aquisição de casas.

Contudo, e depois de entendidas as contas, é certo que as empresas criadas para o efeito não tiveram finais muito felizes. A Basetropical comprou quatro casas no Estoril e uma em Cascais por 2,1 milhões de euros e venderam-nas com um lucro total de mais de meio milhão de euros. Contudo, houve uma casa da qual a empresa não se conseguiu desfazer – que tinha custado 290 mil euros – o que perfaz um lucro de 210 mil euros.

A empresa Hora de Descanso comprou apenas uma casa, na Parede, que custou 360 mil euros e não chegou a ser vendida. Já a Formabsoluta comprou uma casa em Cascais por 850 mil euros e ainda a vendeu por 1,2 milhões de euros. Porém, houve a aquisição de quatro imóveis, entre casas e prédios, no valor de 2,16 milhões de euros, que não foram vendidos.

Assim, no total, as empresas chinesas que estão a ser investigadas por alegada corrupção tem um prejuízo total de 1,96 milhões de euros.

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