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Homens contra a violência sobre as mulheres pedem castigos e mudanças

Mais de cem pessoas participaram hoje, em Lisboa, numa marcha contra a violência sobre as mulheres, convocada por várias organizações cívicas, e à qual se solidarizaram homens, que pediram castigos mais duros, para agressores, e mudança de mentalidades.

Homens contra a violência sobre as mulheres pedem castigos e mudanças
Notícias ao Minuto

20:55 - 25/11/15 por Lusa

País Marcha

Foi o caso de Carlos Reis, de 67 anos, que é "contra qualquer tipo de violência" e que defende "penas muitíssimo mais pesadas", para desmotivar potenciais agressores.

"Estamos a tempo de fazer uma lei muito mais dura, muito mais eficaz contra qualquer tipo de violência, e principalmente contra pessoas mais fragilizadas, como é o caso das mulheres", assinalou à Lusa, quando percorria a rua Augusta, rumo ao Rossio, onde terminou a marcha.

David, de 27 anos, que se apresentou como ativista, desta e de outras causas, também pediu "medidas drásticas contra a violência doméstica".

Penas de prisão "mais duras", advogou. "Os homens pensariam duas vezes antes de serem agressivos", sustentou.

O jovem considera "verdadeiramente preocupante" os "índices crescentes de violência no namoro" e "absolutamente inaceitável" a violência consentida.

Miguel Correia, de 40 anos, acorreu à marcha, que partiu do Terreiro do Paço, às 18:15, por dever.

"Todos os cidadãos devem contribuir para esta causa", disse, rodeado por mulheres, a maioria das participantes na iniciativa.

Miguel Correia acha que, antes de mais, é preciso mudar mentalidades, acabar com o machismo que, na sua opinião, ainda subsiste. E por onde começar? Nas escolas.

Na sua simplicidade, afirmou: "Mais prevenção nas escolas".

Durante a marcha, pela rua Augusta, foram entoadas palavras de ordem como "Não, terrorismo não, nas nossas casas não", "O machismo mata" e "Contra a violência, quebra o silêncio".

Muitos empunhavam cartazes que titulavam, por exemplo, "Terrorismo é também o que vivemos em nossas casas" e "Chega de violência machista".

Antes da marcha, junto à estátua equestre de D. José I, no Terreiro do Paço, um grupo de jovens encenou episódios de violência doméstica.

A iniciativa, a quinta do género, ocorreu na data em que se assinala o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

A marcha foi convocada por Amnistia Internacional - Portugal, Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), Comissão de Mulheres da UGT, União de Mulheres Alternativa e Resposta, Associação de Mulheres Contra a Violência e Associação para o Planeamento da Família, entre outras instituições.

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