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Empresas nacionais criam soluções de baixo carbono e servem de exemplo

Cerca de 30 empresas portuguesas desenvolveram soluções para reduzir emissões de dióxido de carbono, contra as alterações climáticas, apostando na reciclagem de papel, poupança energética ou mobilidade eficiente, exemplos que podem ser seguidos por outras.

Empresas nacionais criam soluções de baixo carbono e servem de exemplo
Notícias ao Minuto

11:38 - 24/11/15 por Lusa

País Clima

Reunidas no projeto "Economia de Baixo Carbono - Soluções made in Portugal by BCSD ", do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD na sigla em inglês), as 32 propostas dividem-se em 19 de eficiência energética, quatro de processos industriais, três de energias renováveis, três de serviços e três de mobilidade, e serão apresentadas no decorrer do encontro anual da entidade, na quarta-feira, em Lisboa.

O projeto tem duas vertentes, uma delas recolher soluções de negócio das empresas e são "30 casos de estudo que contribuem ativamente para uma economia de baixo carbono e para a descarbonização, vêm de serviços, indústria, de temas de mobilidade, de capital natural, de floresta" que podem ser um exemplo para outras empresas ou organizações, explicou hoje à agência Lusa a secretária-geral do BCSD.

"Empresas e organizações podem olhar e dizer: 'sim senhor, esta é uma solução, vou até copiar porque é uma forma interessante de abordar o assunto'", salientou Fernanda Pargana.

Pretende-se, assim, demonstrar que "a aposta em tecnologias e formatos de baixo carbono são um bom negócio para as empresas, mostrar que já existem bons exemplos e trabalhar para que consigamos ter políticas públicas que ajudem a dinamizar e alavancar estes resultados", defendeu.

Por isso, o próximo passo será pedir às 90 empresas membros da BCSD contributos para definir propostas de políticas para entregar ao Governo.

As soluções de baixo carbono das empresas do BCSD passam pela eficiência energética, uso de energias renováveis, substituição de matérias-primas, sistemas de transportes de baixo carbono, produção de combustíveis alternativos, floresta e produtos florestais como sumidouros de carbono.

Há propostas para reduzir a utilização de papel e separá-lo para reciclagem, tornar os aparelhos de ar condicionado mais eficientes, gastar menos energia (e ter menos emissões de gases com efeito de estufa), encontrar formas de compensar as emissões produzidas, vindas de empresas tão diversas como Jerónimo Martins, EDP, CTT, Abreu Advogados, ANA Aeroportos, Cimpor, Ferpinta, Lactogal ou Caixa Geral de Depósitos.

"Todas estas soluções de negócio são boas para o próprio negócio, são temas de eficiência, de racionalização de consumos a vários níveis", reforçou Fernanda Pargana.

Para a BCSD, a sustentabilidade "é um bom negócio" e, para as empresas que tentam perceber quais os impactos das alterações climáticas na sua cadeia de valor, "o resultado normalmente é positivo porque encontram maneiras de melhorar, de reduzir consumos, ser mais eficiente, trabalhar melhor com fornecedores".

"Quando falamos numa economia de baixo carbono, falamos também de redirecionar investimentos de tecnologias, de áreas intensivas em carbono para áreas menos intensivas, adotar inovação e novos processos", apontou ainda a secretária-geral da organização.

O encontro anual da BCSD integra-se na preparação para a conferência do clima das Nações Unidas que vai decorrer a partir de 30 de novembro, em Paris, e vai contar com os testemunhos dos responsáveis da Bosch em Portugal, Brisa, EDP, do grupo Portucel Soporcel e da Siemens Portugal.

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