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Medina critica "energia desperdiçada" por não motivar trabalhadores

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, criticou hoje a "energia desperdiçada" na administração pública pela falta de motivação dos trabalhadores, situação que, defende, cabe aos responsáveis políticos alterar.

Medina critica "energia desperdiçada" por não motivar trabalhadores
Notícias ao Minuto

12:06 - 18/11/15 por Lusa

País Lisboa

"Tenho a certeza de que, em todas as organizações [públicas] pelas quais passei, é muito maior a energia desperdiçada por uma organização não saber motivar e não se saber abrir à vontade dos seus colaboradores do que é o número daqueles que aproveitam o sistema e que não se entregam de corpo e alma àquilo que têm pela frente", afirmou o autarca socialista, que falava na abertura do encontro de quadros do município, que decorre no Fórum Lisboa sob o mote "Sabemos, fazemos, partilhamos".

Para Fernando Medina, isto acontece porque, "muitas vezes, uma direção não é capaz de transmitir uma visão correta e assertiva sobre os objetivos" e devido à "falta de valorização do trabalho do Estado e da administração pública".

"Acho que tendo a consciência desta energia, a nossa função enquanto responsáveis políticos é saber aproveitá-la e saber potenciá-la o máximo e da melhor forma possível. E quando o fazemos, em todas as organizações, o que temos são surpresas e progressos impressionantes dos resultados que pretendemos atingir", vincou.

Ao mesmo tempo, o Estado fica "com autoestima, com vontade e com energia de poder trabalhar bem ao serviço dos cidadãos", sustentou o responsável.

Aludindo ao seu percurso profissional, Fernando Medina referiu: "Já fui índio com poucas penas, já fui índio com algumas penas, já fui chefe, já tive responsabilidades maiores e mais pequenas e, por isso, já pude ver a administração de vários ângulos e de vários lados".

Por essa razão, disse que tem acompanhado os "anos duríssimos" do setor no que toca à ausência de "instrumentos de carreira que permitem a diferenciação do mérito".

Ainda assim, considerou que "o que tem sido mais penalizador" tem sido "discurso contra o funcionalismo público e contra a administração pública, [que é] verdadeiramente destruidor de um conjunto de ativos e de energias que existem no Estado".

Apontando exemplos de projetos da Câmara para os próximos anos, Medina falou no Plano de Acessibilidade Pedonal, que visa "assegurar que todos e de todas as idades têm direito a andar em segurança" na cidade, atualmente em curso.

O presidente da autarquia lisboeta abordou ainda o programa de renda acessível, que será lançado "em breve" para unir o "extremo da habitação social e o extremo da habitação a preços de mercado que tendem cada vez a [...] ser mais elevados, à medida que a economia melhora".

O encontro de quadros do município decorre hoje e quinta-feira em Lisboa, contando com 'workshops' e debates sobre iniciativas da autarquia em várias áreas.

É a primeira vez que este encontro é aberto à população.

A autarquia quer ainda que a iniciativa passe a ser anual, em vez de se realizar de dois em dois anos.

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