Medina critica "energia desperdiçada" por não motivar trabalhadores
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, criticou hoje a "energia desperdiçada" na administração pública pela falta de motivação dos trabalhadores, situação que, defende, cabe aos responsáveis políticos alterar.
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País Lisboa
"Tenho a certeza de que, em todas as organizações [públicas] pelas quais passei, é muito maior a energia desperdiçada por uma organização não saber motivar e não se saber abrir à vontade dos seus colaboradores do que é o número daqueles que aproveitam o sistema e que não se entregam de corpo e alma àquilo que têm pela frente", afirmou o autarca socialista, que falava na abertura do encontro de quadros do município, que decorre no Fórum Lisboa sob o mote "Sabemos, fazemos, partilhamos".
Para Fernando Medina, isto acontece porque, "muitas vezes, uma direção não é capaz de transmitir uma visão correta e assertiva sobre os objetivos" e devido à "falta de valorização do trabalho do Estado e da administração pública".
"Acho que tendo a consciência desta energia, a nossa função enquanto responsáveis políticos é saber aproveitá-la e saber potenciá-la o máximo e da melhor forma possível. E quando o fazemos, em todas as organizações, o que temos são surpresas e progressos impressionantes dos resultados que pretendemos atingir", vincou.
Ao mesmo tempo, o Estado fica "com autoestima, com vontade e com energia de poder trabalhar bem ao serviço dos cidadãos", sustentou o responsável.
Aludindo ao seu percurso profissional, Fernando Medina referiu: "Já fui índio com poucas penas, já fui índio com algumas penas, já fui chefe, já tive responsabilidades maiores e mais pequenas e, por isso, já pude ver a administração de vários ângulos e de vários lados".
Por essa razão, disse que tem acompanhado os "anos duríssimos" do setor no que toca à ausência de "instrumentos de carreira que permitem a diferenciação do mérito".
Ainda assim, considerou que "o que tem sido mais penalizador" tem sido "discurso contra o funcionalismo público e contra a administração pública, [que é] verdadeiramente destruidor de um conjunto de ativos e de energias que existem no Estado".
Apontando exemplos de projetos da Câmara para os próximos anos, Medina falou no Plano de Acessibilidade Pedonal, que visa "assegurar que todos e de todas as idades têm direito a andar em segurança" na cidade, atualmente em curso.
O presidente da autarquia lisboeta abordou ainda o programa de renda acessível, que será lançado "em breve" para unir o "extremo da habitação social e o extremo da habitação a preços de mercado que tendem cada vez a [...] ser mais elevados, à medida que a economia melhora".
O encontro de quadros do município decorre hoje e quinta-feira em Lisboa, contando com 'workshops' e debates sobre iniciativas da autarquia em várias áreas.
É a primeira vez que este encontro é aberto à população.
A autarquia quer ainda que a iniciativa passe a ser anual, em vez de se realizar de dois em dois anos.
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