O caso foi testemunhado e, consequentemente, denunciado por uma mulher na rede social Facebook. Ao que parece, na quinta-feira, dois jovens entraram num comboio na estação de Ovara, acompanhados por uma cadela “meiga”, de pequeno porte e com trela. Mas, durante a viagem foram abordados pelo revisor que “implicou com o facto de a cadelinha não ter bilhete”.
Acrescenta esta testemunha que, “o comboio parou a marcha na estação de Estarreja e o revisor chamou a polícia para tratar da situação”. Esta e outras testemunhas garantem que os jovens ofereceram-se para pagar os dois euros pelo bilhete do animal. Mas “chega a polícia (…) e o que faz? Agarra o rapaz à bruta, bateu-lhe a ele e ao amigo sem qualquer problema, [e] como se dois assassinos se tratassem”.
Contactada pelo JN, a GNR confirma a ocorrência, mas apresenta uma versão diferente dos factos relatados por esta mulher no Facebook.
“Eles [os jovens] não queriam pagar o bilhete do animal. Por isso, o revisor pediu ajuda a um militar que estava no comboio à civil. Mesmo assim, não acataram as ordens. Não queriam pagar nem sair [do comboio], pelo que foi necessário pedir reforços”, esclarece a GNR, acrescentando que foi necessário “usar a força física e, já no exterior [do comboio], os jovens resistiram à detenção, injuriaram os militares e ainda agrediram um deles”.
O JN revela ainda que os dois jovens, de 19 anos, foram a tribunal esta sexta-feira e o caso está agora a ser investigado. A CP refere apenas que o revisor actuou “correctamente” face à situação.