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Assalto anfíbio inserido no exercício NATO dificultado pela areia

Um assalto anfíbio, inserido no exercício NATO 'Trident Juncture' e que juntou 500 militares portugueses e norte-americanos, decorreu hoje na praia da Raposa, em Grândola, e ficou marcado pelas dificuldades impostas pela areia.

Assalto anfíbio inserido no exercício NATO dificultado pela areia
Notícias ao Minuto

17:48 - 20/10/15 por Lusa

País Trident Juncture

O exercício da NATO 'Trident Juncture 2015', que teve início a 03 de outubro e que termina a 06 de novembro, contou hoje com um dia aberto à comunicação social, no qual foi possível assistir a um assalto anfíbio onde fuzileiros da Marinha Portuguesa e 'marines' dos Estados Unidos da América (EUA) combinaram forças.

O assalto anfíbio combinado contou com um navio polivalente logístico -- o navio norte-americano USS Arlington -- duas embarcações 'hovercraft', três helicópteros e cerca de 500 militares envolvidos.

O cenário imaginário baseava-se em ajudar as forças de segurança de um país numa situação de instabilidade a recuperarem a autoridade no terreno, explicaram aos jornalistas dois oficiais de operações antes do exercício ter início.

Para isso, as duas embarcações 'hovercraft', com 140 fuzileiros portugueses e 180 'marines' norte-americanos a bordo desembarcaram na praia, onde descarregaram equipamento, três tanques e um veículo blindado 'humvee'.

O desembarque dos 'hovercraft' não foi conseguido à primeira e os militares tiveram várias dificuldades a tirar os veículos da areia.

Estava previsto que durante as duas horas que durou o exercício, estas embarcações realizassem algumas viagens entre o navio USS Arlington, que se encontravam a cerca de oito milhas de terra, e a praia para descarregar mais equipamento, porém os militares apenas conseguiram tirar da areia três tanques. O veículo 'humvee' acabou por ficar atolado na areia, apesar de os esforços conjuntos dos militares dos dois países.

O almirante Roy Kitchener, que participou e chefiou as operações, afirmou aos jornalistas que apesar de o terreno ser desafiante, como se tratava de um exercício, no geral constituiu uma vitória.

"Na minha perspetiva, como se tratava de um treino, tudo correu bem (...). Como foi possível ver, existem sempre desafios ao trazer as forças para terra na praia, mas os fuzileiros e os 'marines' ultrapassam-nos", sublinhou o oficial, acrescentando que as equipas "estão a aprender e aprenderam muito".

Quanto ao terreno português, o almirante considerou que o país tem "ótimas instalações para treino".

Também o embaixador dos EUA em Portugal, Robert Sherman, acompanhou de perto o exercício, tendo desembarcado na praia da Raposa a bordo de uma das embarcações.

"Considerando que vivemos em tempos perigosos, a habilidade de participar em exercícios como este, que resulta na multiplicação de forças e na capacidade de responder em conjunto é importante", frisou.

Tendo lugar em Portugal, Espanha e Itália, o 'Trident Juncture' 2015 junta mais de 36 mil militares de 30 nações.

Portugal vai receber, até ao final do exercício, mais de 10 mil efetivos de 14 países.

Esteve também envolvida no exercício a Polícia Marítima, o Instituto Nacional de Emergência Médica e a Guarda Nacional Republicana.

Além dos militares que participam diretamente no exercício (940 integrados na Força de Resposta da NATO e 2.016 e 2.220 nos meios complementares, Portugal disponibiliza ainda mais 3000 militares para funcionarem como forças de apoio, totalizando em cerca de 6.000 os efetivos portugueses envolvidos neste exercício.

Em Portugal, o exercício militar de grande visibilidade decorre nas zonas de Beja, Santa Margarida, Tróia e Setúbal.

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