Cáritas de Coimbra ensina a lidar com consumidores das smartshops
A Cáritas Diocesana de Coimbra promove na terça-feira uma tertúlia sobre o consumo de drogas vendidas em smartshops e a forma de lidar com estes consumidores, que apresentam um padrão diferente dos consumidores de estupefacientes tradicionais.
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País Droga
Manuela Lopes, assistente social da instituição, disse à agência Lusa que, no actual contexto, os técnicos não estão preparados para intervir numa "nova realidade, que não vai desaparecer tão depressa".
"Vamos abordar esta questão numa perspectiva social e não clínica, discutindo os seus efeitos e a forma de lidar com eles", explicou a técnica, salientando que o consumo dos produtos vendidos nas smartshops causa "efeitos muito diferentes das drogas tradicionais".
Segundo Manuela Lopes, "estas drogas são mais intensas e resultam da mistura de estimulantes, causando comportamentos nunca antes observados".
"Há pessoas, sobretudo jovens, que passam 48 horas sem dormir e sem comer, com alucinações, a deambular pela cidade, coisa que em 17 anos de profissão nunca vi", acrescentou.
De acordo com a assistente social, verifica-se um crescimento explosivo do consumo deste tipo de drogas que, em determinados casos, chega a provocar, nos consumidores, ataques psicóticos e de pânico.
"O nosso problema é saber como é que lidamos com estas pessoas", sublinhou Manuela Lopes, referindo que além dos jovens que experimentam pela primeira vez este tipo de produtos estupefacientes, também os consumidores de drogas tradicionais estão a aderir às smartshops.
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